Sintomas comuns de que algo vai mal no coração são dor no peito, palpitações, sensação de falta de ar, tonturas e desmaios. “Muitas vezes, no entanto, o órgão não dá sinais de alerta”, diz Rached. Por isso, os check-ups são importantes.
Em exames de rotina, o bancário Arnaldo dos Santos, de 47 anos, descobriu, há três anos, que sua taxa de colesterol estava acima do normal. Começou a tomar remédio com acompanhamento médico e matriculou-se em uma academia. Hoje, os níveis estão normais. O excesso de colesterol no sangue também pode promover aterosclerose, dificultando o fluxo sanguíneo e até mesmo obstruindo sua passagem, causando infarto e AVC.
Nery esclarece que uma avaliação médica é importante para quem, mesmo sem sintomas, apresente fatores de risco de doenças cardiovasculares, pessoas em programação de procedimentos cirúrgicos eletivos ou com história familiar das doenças. Embora as academias não possam exigir atestado médico de seus alunos, o médico especialista recomenda que sedentários e indivíduos com mais de 30 anos que desejam iniciar um programa de atividades físicas, assim como atletas de alta performance, sejam avaliados por um médico do esporte ou cardiologista. "O exercício físico altera a pressão arterial e a frequência cardíaca durante sua realização, o que pode ser gatilho para algumas doenças cardiovasculares em pessoas com predisposição", diz.
Os exames mais utilizados para o diagnóstico de enfermidades são eletrocardiograma, radiografia de tórax, ecocardiograma e teste ergométrico. Há ainda outros mais complexos, como a angiotomografia de artérias coronárias e o cateterismo cardíaco, que consiste na introdução de um tubo fino (o chamado cateter) na artéria pela virilha, punho antebraço até chegar ao coração. “Os exames são complementares e direcionados. Eles nunca substituem a história clínica e o exame físico dos pacientes”, afirma Nery.