Setembro Vermelho

Campanha alerta para doenças do coração e complicações importantes como diabetes e hipertensão

oferecido por Selo Publieditorial

A psicóloga Maria Odete Elias Freitas Araújo, de 73 anos, tomou um susto no começo do ano. Após um dia de trabalho, sentiu uma dor fortíssima no peito e logo percebeu: estava infartando. Correu para o hospital, onde o médico confirmou a suspeita. A psicóloga passou quinze dias internada e foi submetida a cateterismo e angioplastia para desobstruir as artérias coronárias.

No meu caso, o problema é a genética e o estresse.”, conta Maria. Sete meses depois da internação, ela continua se cuidando e está atenta a qualquer sintoma.

Eu não esperava sofrer um infarto. Embora eu tenha colesterol alto e diabetes, os dois problemas são controlados com remédios. Não fumo, não bebo e faço caminhada

Maria Odete Elias Freitas Araújo, psicóloga

Maria Odete escapou de uma estatística preocupante. Por ano, 18 milhões de pessoas morrem em decorrência de doenças cardiovasculares, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Brasil, as enfermidades do coração e da circulação são a principal causa de morte, responsáveis por mais de 30% dos óbitos registrados. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), metade das mortes poderia ser evitada ou postergada por muitos anos com prevenção e tratamento. Como saúde começa com autocuidado, ter conhecimento é fundamental.

As doenças cardiovasculares costumam resultar de uma somatória de fatores de risco, como: hipertensão arterial, sobrepeso, tabagismo, sedentarismo, colesterol alto, diabetes e estresse.

Há ainda causas não evitáveis, como hereditariedade e envelhecimento. “Existe uma relação linear entre fatores de risco, bem como seu grau de expressão, e a precocidade da manifestação da doença”, afirma o cardiologista Heron Rached, coordenador da Cardiologia do Hospital Leforte, em São Paulo.

É importante lembrarmos da depressão e da ansiedade, muito frequentes na sociedade atual e altamente relacionadas à doença cardiovascular,

diz o cardiologista Roberto Nery, do Hospital Leforte.

Hábitos saudáveis ajudam a evitar o desenvolvimento de hipertensão arterial, obesidade, colesterol alto e diabetes, diminuindo, consequentemente, o risco de patologias arteriais coronárias e acidente vascular cerebral (AVC), entre outras moléstias.

“Boa alimentação, prática de atividade física diária e adesão medicamentosa, quando necessária, representam a chave para um envelhecimento saudável”, aponta Rached. Fazem parte da cartilha do bem-estar não fumar, beber moderadamente e adotar ferramentas para lidar com o estresse. “Esse estilo de vida combate a maioria dos fatores de risco e favorece a saúde do corpo como um todo, promovendo um sono restaurador, entre outros benefícios”, diz Nery.

Para o cardiologista, hipertensão arterial e diabetes são os complicadores mais importantes para doenças do coração. “Eles aceleram a instalação e a progressão da aterosclerose (formação de placas na parede da artéria) e, assim, o adoecimento dos vasos sanguíneos”, afirma. Os dois quadros devem ser acompanhados de perto por médicos, geralmente cardiologistas e endocrinologistas.

Rached acrescenta: “Quando falamos de diabetes, precisamos analisar se é do tipo I ou II, tempo de aparecimento da doença e tratamento realizado. Os pacientes são vistos de forma individualizada, respeitando suas limitações e adequando-as à realidade”.

Sinais de alerta

Sintomas comuns de que algo vai mal no coração são dor no peito, palpitações, sensação de falta de ar, tonturas e desmaios. “Muitas vezes, no entanto, o órgão não dá sinais de alerta”, diz Rached. Por isso, os check-ups são importantes.

Em exames de rotina, o bancário Arnaldo dos Santos, de 47 anos, descobriu, há três anos, que sua taxa de colesterol estava acima do normal. Começou a tomar remédio com acompanhamento médico e matriculou-se em uma academia. Hoje, os níveis estão normais. O excesso de colesterol no sangue também pode promover aterosclerose, dificultando o fluxo sanguíneo e até mesmo obstruindo sua passagem, causando infarto e AVC.

Nery esclarece que uma avaliação médica é importante para quem, mesmo sem sintomas, apresente fatores de risco de doenças cardiovasculares, pessoas em programação de procedimentos cirúrgicos eletivos ou com história familiar das doenças. Embora as academias não possam exigir atestado médico de seus alunos, o médico especialista recomenda que sedentários e indivíduos com mais de 30 anos que desejam iniciar um programa de atividades físicas, assim como atletas de alta performance, sejam avaliados por um médico do esporte ou cardiologista. "O exercício físico altera a pressão arterial e a frequência cardíaca durante sua realização, o que pode ser gatilho para algumas doenças cardiovasculares em pessoas com predisposição", diz.

Os exames mais utilizados para o diagnóstico de enfermidades são eletrocardiograma, radiografia de tórax, ecocardiograma e teste ergométrico. Há ainda outros mais complexos, como a angiotomografia de artérias coronárias e o cateterismo cardíaco, que consiste na introdução de um tubo fino (o chamado cateter) na artéria pela virilha, punho antebraço até chegar ao coração. “Os exames são complementares e direcionados. Eles nunca substituem a história clínica e o exame físico dos pacientes”, afirma Nery.

Serviços de hemodinâmica

Intervenções diagnósticas e terapêuticas que necessitam do uso de cateteres são realizadas em uma área de atuação da cardiologia chamada hemodinâmica.

Uma artéria obstruída em um infarto, por exemplo, pode ser tratada por meio do implante de pequenos tubinhos metálicos, os chamados stents.

Os procedimentos intervencionistas são extremamente benéficos, pois conseguimos tratar uma patologia cardiovascular por meio de pequenas punções para inserção dos cateteres, sem cortes e sem cirurgia aberta

diz o cardiologista intervencionista Marcelo Cantarelli, coordenador do Serviço de Hemodinâmica e cardiologista intervencionista do Hospital Leforte.

“O baixo risco de complicações e a segurança e eficácia dos procedimentos garantem um retorno rápido do paciente às suas atividades habituais.”
De acordo com Cantarelli, não se utiliza anestesia geral na maioria dos casos e a internação, quando ocorre, é de curta duração.

“É importante salientar que há patologias e situações de maior complexidade em que a cirurgia é insubstituível.  No entanto, a técnica e os materiais evoluíram muito, principalmente os stents, e hoje conseguimos desobstruir artérias com entupimentos extensos com bons resultados”, explica.


O serviço de hemodinâmica do Hospital Leforte atua 24 horas por dia, sete dias por semana, para dar retaguarda aos pacientes que chegam com quadro de infarto agudo do miocárdio e outras emergências, informa Cantarelli.

Procure ajuda médica se apresentar os seguintes sintomas:

  • Respiração curta ou sensação de que o ar “não chega”
  • Suor frio e tontura
  • Náusea e vômito
  • Dor na mandíbula
  • Dor no ombro
  • Desconforto nas costas
  • Dor no estômago (sem relação à alimentação)

Importância de seguir um protocolo

No Hospital Leforte, os médicos seguem o Protocolo de Dor Torácica. Ao chegar ao PS, o paciente ou seu acompanhante optam pelo item “dor no peito”, e imediatamente esse paciente é encaminhado à área especializada em emergên­cias cardíacas. Da abertura da ficha até a obtenção do laudo de eletrocardiograma são 8 minutos.

Os médicos que atuam no hospital contam com tecnologia de ponta que permite realizar de procedimentos essenciais, como o cateterismo, que é a introdução de um tubo bem fino na artéria, a angioplastia, que é a utilização do cateter para a colocação de balão ou stent na região afetada, possibilitando a passa­gem do sangue, a angiotomografia das artérias coronárias, além de exames de imagem de última geração.

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