Superação no GP do Brasil

Após transplante de rim e pâncreas, paciente do Hospital Leforte comemora poder assistir à F1 em Interlagos

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Fernando Moraes/UOL

Quando o primeiro carro passou aqui na minha frente, uma lágrima caiu. Senti a liberdade de poder ir a eventos como esse, sem me preocupar que, a qualquer momento, estaria passando mal. Hoje eu estou como eles: correndo sem limites”, diz Rubia Sanchez, de 36 anos, enquanto assistia à corrida do GP do Brasil de Fórmula 1, a convite do Leforte, hospital oficial da prova.

Aos dez anos, a paulista de Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo, foi diagnosticada com diabetes tipo 1, uma doença autoimune que impede que o pâncreas produza insulina, hormônio responsável por captar a glicose no sangue e transformá-la em energia para o organismo. Quando esse processo não ocorre, a glicose atinge níveis muito elevados. “Eu era uma criança ativa: fazia ginástica olímpica, tênis, natação... Até que, de uma semana para a outra, perdi peso e comecei a beber muita água”, lembra. Após uma semana entubada, os médicos descobriram a doença. “A partir daí, aprendi a tomar injeção em todas as refeições.”

Mesmo com o auxílio dos médicos e com o controle da dieta, o diabetes de Rubia ficava frequentemente descompensado, o que prejudicou o funcionamento dos rins e trouxe outros sequelas, como problemas de visão. “Eu já estava há três anos fazendo hemodiálise e esperando por um transplante quando procurei o Hospital Leforte. Lá, em poucas semanas, ganhei um segundo pâncreas e um novo rim”, comemora. “Antes, eu vivia como um cavalo: tinha que manter o olhar reto, sem sair muito do plano. Agora, posso apontar para todas as direções. Vou voltar a morar com meu namorado, retomar os estudos e procurar um emprego.”

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Da arquibancada exclusiva para convidados do Hospital Leforte, Rubia relembra os vários eventos com amigos em que passou mal com hipoglicemia. “Por mais que eu comesse frutas e verduras e fizesse atividade física. Ao sair de casa, sempre corria o risco de gastar energia extra, o que descompensava a doença e me fazia desmaiar no meio de todo mundo”, diz a paulista, que também deixou de viajar pela necessidade de fazer hemodiálise (um tratamento que substitui a função dos rins de filtrar o sangue) durante quatro horas por dia, três vezes por semana. “Na praia, não podia comer fritura nem beber água de coco. Agora, sei que posso saborear um churros de doce de leite, sem ter medo que isso fará com que eu perca minha perna no futuro.”

O transplante duplo sugerido pela equipe de hepatologia do Hospital Leforte há seis meses acabou com os perigos e os inconvenientes do diabetes de Rubia. "Era muito difícil porque, enquanto a doença exigia que eu comesse frutas, legumes e verduras, a hemodiálise me proibia de me alimentar assim e me impedia de beber muita água. Vivi três anos em uma rotina turbulenta em cima de uma corda bamba", diz a jovem, que ainda precisa fazer acompanhamento no hospital uma vez por mês. "O atendimento que recebemos da equipe de colaboradores é excepcional. Sinto como se estivesse em casa porque o contato é bem mais humano - todo mundo sabe quem eu sou e pergunta sobre minha mãe e meu namorado."

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GP do Brasil de Fórmula 1

Além de Rubia, oitocentos convidados do Hospital Leforte, entre pacientes, colaboradores, médicos e parceiros, lotaram a arquibancada exclusiva do Autódromo de Interlagos, em São Paulo. “É o segundo ano que somos o hospital oficial da Fórmula 1", diz Rodrigo Lopes, CEO do Leforte. “E o evento tem tudo a ver com a gente porque combina tecnologia, paixão e qualidade.” A conexão entre o Grande Prêmio e o Hospital Leforte vai além: o médico Vlamir Morimtisu, que trabalha na UTI da unidade da Liberdade, concorda que a sinergia entre piloto, engenheiros e mecânicos é muito parecida com a da equipe médica e de enfermaria. “Para atender bem os pacientes, todos os profissionais precisam estar engajados e em sincronia”, conta o especialista, que assistiu à corrida com o filho e a esposa.

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Quem também veio em grupo foram os colaboradores do Hospital e Maternidade Dr. Christóvão da Gama, que fica em Santo André, ABC paulista. A enfermeira Marilena Carvalho veio direto do plantão noturno com as colegas Valéria Eugênio da Silva, Mirian Costa e Maria Batista aproveitar o dia ensolarado em Interlagos. “Curtimos a banda que tocou no intervalo, torcemos para os pilotos e nos divertimos muito”, conta Marilena, que leva o mesmo bom-humor na hora de atender os pacientes.

Já o médico hiperbarista Ivan Marinho, especialista no uso de oxigênio para tratamento de queimadura e traumas, comemora mesmo é que não houve acidentes durante os três dias de evento. “Somos especialistas em salvar vítimas de batidas automobilísticas, já que o tratamento recupera os tecidos machucados. Mas o santo é forte: ainda bem que não aconteceu nada por aqui”, brinca.

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