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Ataques vindos do lado “escuro” da internet, sequestro de dados, vazamentos de senha e invasões de computadores são temas que estamos acostumados a ver em filmes e séries. Quem nunca dedicou um tempinho vendo aquela cena onde um hacker tenta invadir o sistema de uma grande corporação ou que seja apenas roubar dados de um desafeto?
O problema é que, mesmo parecendo algo do futuro, esses crimes não acontecem apenas na ficção. A variedade e o número de ataques a empresas e pessoas reais têm crescido assustadoramente nos últimos anos. Em 2016, a companhia de segurança Kaspersky fez um levantamento apontando que 43% das tentativas de roubo de dados corporativos visavam as pequenas e médias empresas. Em 2011, esse número era apenas de 18%.
E, ao contrário do que diz o famoso ditado, nesse caso, a arte anda imitando a vida real.
O filme de 2014, baseado em fatos reais, conta a história do matemático Alan Turing, que comandou um grupo de superdotados com o objetivo de decifrar o código da máquina Enigma, um sistema criptográfico usado pelas forças alemãs para transmitir mensagens aos soldados no campo de batalha. Nesse caso, a descoberta do código foi decisiva para a derrota do nazismo e serviu como precursor dos computadores modernos. No mundo real: Para garantir o sigilo dos dados, documentos importantes, como planilhas financeiras, contratos, planos de marketing e descrição de novos produtos, precisam ser protegidos por sistemas de criptografia. O objetivo é transformar esses documentos em um conjunto de códigos que só poderão ser decifrados por membros da empresa e pessoas autorizadas.
O filme de 1995 mostra como um simples dispositivo externo conectado ao computador pode causar grandes estragos. Nele, uma especialista em sistemas de tecnologia (Sandra Bullock) insere um disquete em seu computador e, por causa dele, tem sua identidade apagada e seus dados são alterados. Ao longo da trama, ela precisa provar quem é de verdade. No mundo real: Não adianta investir nos melhores softwares e sistemas de proteção se as pessoas que trabalharem com a informação não respeitarem os protocolos de segurança.
O sequestro de dados digitais tem crescido a cada ano. No episódio "Shut up and Dance", da terceira temporada da série Black Mirror, vemos a tensa história de um adolescente que, ao instalar um removedor de malware em seu computador, dá acesso a um hacker que usa a câmera do laptop para gravar o garoto em momentos íntimos. A partir daí, ele é obrigado a seguir as instruções do invasor, ou terá seus vídeos publicados na web. No mundo real: As atualizações sinalizadas pelos desenvolvedores dos softwares oficiais, principalmente os de pacote anti-vírus, spam, malwares etc., corrigem falhas que aparecem à medida que novas pragas ou ataques aparecem.
A série que estreou em 2015 e é queridinha entre o pessoal de tecnologia mostra um hacker que consegue, entre outras coisas, driblar vários sistemas de segurança usando engenharia social e ataques de força bruta. O primeiro consiste em conseguir dados de uma pessoa usando a manipulação psicológica, tentando conquistar a confiança da vítima. Já os ataques de força bruta são um método de adivinhar usuários e senhas por meio de tentativas. No mundo real: Não adianta investir nos melhores softwares e sistemas de proteção se as pessoas que trabalharem com a informação criarem senhas fracas, com poucos dígitos ou muito óbvias. Pode parecer difícil de acreditar, mas a sequência de números "123456" foi a senha mais usada no mundo em 2015.
O documentário de 2015 conta a história da criação de um site chamado Silk Road, voltado ao comércio de drogas na Deep Web e que ganhou visibilidade em 2013 quando foi fechado pelo FBI. O filme mostra a prisão do fundador do site, Ross Ulbricht. No mundo real: Além do sequestro, a venda de dados no mercado negro virtual, principalmente na deep web, também é um dos principais estímulos para os hackers roubarem dados das empresas. Para se ter uma ideia, em 2016, dados de mais de 17 milhões de usuários do LinkedIn estavam à venda no mercado negro por pouco mais de US$ 2.000.
O ataque massivo revela que a proteção de sistemas e dados é o grande desafio das organizações, que são cada vez mais dependentes de sistemas eletrônicos para a troca de informações sigilosas. Para garantir a proteção desses dados é mandatório investir em estruturas robustas de segurança, com atuação rápida, preventiva e ininterrupta.
Revelações de documentos secretos, quebra de sigilo, roubos e o impacto da tecnologia no cotidiano são assuntos de uma lista de filmes e séries que envolvem o tema segurança da informação.
Em "Jogos de Guerra", um adolescente vivido por Matthew Broderick em um de seus primeiros papéis no cinema descobre um modo de acessar um sistema militar que controla as armas dos Estados Unidos. Achando que está num jogo, o jovem faz um movimento que pode desencadear a Terceira Guerra Mundial.
No filme, o ex-hacker Martin Bishop lidera um grupo de especialistas em sistemas de segurança e é abordado por autoridades para roubar uma "caixa preta" de um cientista. O grupo consegue pegar a caixa e descobrem que o cientista elaborou um sistema que permite invadir qualquer sistema supostamente seguro.
No longa de 2001, um dos mais perigosos espiões do planeta recebe a missão de tentar convencer um hacker, especialista em quebrar os sistemas de segurança mais fechados do mundo, a auxiliar no roubo de bilhões de dólares de fundos governamentais para ações antiterroristas.
A série, que aborda desde uma pessoa viciada em likes até roubo de dados, mostra as consequências da tecnologia em nossas vidas e como isso pode atrapalhar nossos relacionamentos. Os episódios são independentes entre si e cada um deles aborda um tema diferente.
O filme conta a história Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, conhecido por divulgar documentos secretos de governos, agências de espionagem e grandes empresas. O longa é baseado em dois livros sobre o assunto e não foi bem aceito por Assange, que acusou a produção de estar comprometida com o governo americano em passar uma imagem ruim da organização.
O documentário produzido via financiamento coletivo conta a história do jovem Aaron Swartz, programador e ativista na internet que cometeu suicídio aos 26 anos. Ele queria tornar públicos os artigos da base acadêmica JSTOR, e por isso poderia ser condenado a até 50 anos de prisão e a US$ 4 milhões em multa.
Spin-off da série CSI, os episódios relatam o cotidiano de uma equipe da divisão de crimes cibernéticos do FBI. Na trama, as investigações giram em torno de roubos, assassinatos e sequestros envolvendo o ambiente virtual. Alguns críticos apontam a série como fantasiosa demais.
A série conta a história de um garoto que é engenheiro de segurança durante o dia e hacker a noite. Ele é recrutado por um grupo de ciberativistas para atacar uma empresa fictícia chamada E. Corp. Durante os episódios, ele também usa engenharia social e ataques de força bruta para descobrir senhas e pesquisar sobre a vida dos outros.
Sua empresa mais segura: De olhos nos dados
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