Superação pela Ciência

Como a busca pelo conhecimento mudou a história de cinco brasileiros e alterou seus destinos para sempre

oferecido por Selo Publieditorial

A ciência desafia, guia, conquista. A ciência liberta. Uma olhada mais próxima na pouco divulgada história de grandes pesquisadores brasileiros é a prova de que não se faz conhecimento só dentro do laboratório, mas na sociedade como um todo. E que é justamente o conhecimento que pode abrir portas e ajudar a superar as situações mais difíceis.

Escalando montanhas

Sair do laboratório também foi o caminho escolhido por César Lattes, que enfrentou uma escalada nos Andes bolivianos, em 1947, em busca de respostas. Físico formado pela Universidade de São Paulo (USP) aos 19 anos, o brasileiro fez parte do estudo que provou a existência de uma partícula subatômica chamada de “méson pi”. A descoberta valeu nada menos que um Prêmio Nobel à equipe.

Mas Lattes não parou por aí. O próximo passo de sua jornada foi em direção ao espaço. O brasileiro foi aos Andes desenvolver uma nova tecnologia para detectar o méson pi, com uma espécie de fotografia que registra os raios cósmicos.

Anos mais tarde, o cientista abriu mão de diversos convites para trabalhar em grandes universidades do mundo e optou por fazer sua carreira no Brasil. Sua presença como professor e pesquisador foi fundamental para o desenvolvimento dos departamentos de física da USP e da Unicamp.

Além disso, ele esteve ligado ao avanço de entidades de fomento à ciência, como o CNPq. Seu comprometimento com a academia nacional é tão íntimo que o sistema de currículos científicos brasileiros foi batizado em sua homenagem.

As primeiras em tudo

Física abre portas

Diferentemente do que muito preconceito pode fazer parecer, a física vem ajudando as mulheres a abrir portas na ciência brasileira.

É o que aconteceu com Sônia Guimarães, a primeira mulher negra a obter um título de doutorado nessa disciplina no Brasil, em 1989.

Estudante de escola pública por toda a sua vida, Sônia sonhava em ser engenheira civil e começou a cursar a faculdade na década de 1970. Mas, uma aula de física dos materiais sólidos a fez mudar de vez para sua nova casa.

Atualmente, a cientista é professora do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), uma das escolas mais conceituadas do país.

Incentivada pelo pai

Outra mulher pioneira da física é Sonja Ashauer, que teve a carreira com grande potencial interrompida de forma trágica.

Filha de imigrantes alemães, Sonja teve seu talento na ciência incentivado pelo pai, que lhe construiu um pequeno laboratório para experiências físicas e químicas. Os esforços deram frutos, e a jovem veio a ser uma das três primeiras mulheres formadas em física no Brasil, em 1942.

Anos mais tarde, em 1948, ela abriu mais uma porta para as mulheres ao se tornar a primeira brasileira a conquistar um doutorado em física, pela famosa Universidade de Cambridge, na Inglaterra.

Seu trajeto, porém, foi interrompido precocemente por uma pneumonia, que a vitimou em 1948.

Superação

Theodoro Sampaio talvez seja o maior exemplo de como a educação e a curiosidade promovem uma transformação positiva: ele nasceu em uma senzala, filho de uma escrava, na Bahia do século 19 e veio a se tornar um dos engenheiros mais importantes de sua época.

Adotado por um padre, o jovem teve acesso a uma boa educação e, aos 16 anos, já dava aulas de matemática, geografia e latim. Anos mais tarde, tornou-se engenheiro e participou do mapeamento do rio São Francisco até sua foz.

Por ser negro, entretanto, não recebeu os créditos pela empreitada.

Mas, se a fama lhe foi negada, seu esforço e inventividade o ajudaram a obter algo muito mais precioso – Theodoro retornou à Bahia e conseguiu a liberdade de seus três irmãos, que continuavam na condição de escravos.

Inspirado por um livro

A engenharia também serviu de primeiro passo para Cândido Dias, professor e pesquisador que esteve ligado a algumas das mais importantes instituições do país, como o CNPq e o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa).

Nascido em São Paulo, em 1913, Cândido foi incentivado pelo pai engenheiro a seguir seus passos, mas um livro chamado “Elementos da Matemática” mudou seu rumo. A obra, revolucionária em seu ramo, foi escrita por estudiosos franceses que assinavam sob o pseudônimo Nicolas Bourbaki. O exemplo desse grupo serviu de inspiração para Dias deixar a engenharia de lado e mergulhar na matemática, escolha que lhe valeu mais de 50 anos de uma influente carreira.

Na década de 1940, desenvolveu pesquisas nas universidades de Harvard, de Chicago e em Princeton, os mais importantes centros de estudos matemáticos da época. De volta ao Brasil, participou da estruturação de cursos da Escola Politécnica e do Instituto de Matemática da USP, onde era carinhosamente chamado de Candinho. Com sua dedicação e conhecimento, inspirou milhares de jovens a conquistar seus sonhos por meio da matemática.

O conhecimento é a energia que movimenta o mundo, inspira as pessoas, transforma a vida. Vamos juntos celebrar e estimular a ciência, a tecnologia e todos aqueles que movem o mundo adiante.
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