Câncer infantil

Com diagnóstico precoce, existe 80% de chance de cura

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A criança é levada ao pronto-socorro pálida, com febre, manchas roxas pelo corpo e sangramento na gengiva. Segundo os pais, ela está fraca e desanimada.
O plantonista solicita um hemograma, e os resultados estão alterados. Um mielograma, exame que retira células do osso com anestesia, confirma a suspeita do médico: leucemia.

Essa é uma situação frequente no diagnóstico da doença que afeta a produção de glóbulos brancos. A leucemia é o tipo de câncer infantil mais comum, responsável por 26% dos casos, seguida de linfoma (20%) e tumores do sistema nervoso central (19%). De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 12.600 novos casos de câncer devem ocorrer em crianças e adolescentes em 2018. No Brasil, assim como em países desenvolvidos, o câncer é a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre 1 a 19 anos. A boa notícia: com diagnóstico precoce e tratamento adequado, a probabilidade de cura chega a 80%, segundo o Inca.

Não há evidências científicas que relacionem fatores ambientais a tumores da infância e adolescência. Por isso, não existe prevenção. Os primeiros sinais de que há algo errado são notados por pais e cuidadores. “Se eles não estiverem atentos, a criança não será levada ao médico”, afirma Talita Rizzini Holtel, coordenadora da Pediatria do Hospital Leforte, na unidade Liberdade, em São Paulo. Como os sintomas não costumam ser diferentes de enfermidades comuns nessa faixa etária, é fundamental que os pais escolham pediatras de confiança para cuidar do filho. 

O câncer não é a primeira opção a ser pensada quando há febre, obviamente. Um bom olhar profissional saberá a diferença.

Talita Rizzini Holtel, Coordenadora da Pediatria do Hospital Leforte, unidade Liberdade, em São Paulo

Embora o pediatra seja, normalmente, o médico que atende a criança, há um tipo de tumor diagnosticado pelo oftalmologista. O retinoblastoma afeta as células da retina e acomete 1 em cada 20 mil nascidos vivos até os 5 anos. Pode causar cegueira e outras complicações. Realizado na maternidade, o teste do olhinho pode detectar a anomalia ao refletir uma luz sobre os olhos do recém-nascido. “Esse exame analisa somente a parte central da retina. Uma avaliação completa é feita pelo mapeamento da retina, realizado por oftalmologistas com uma lente”, diz o oftalmologista do Hospital Leforte Marcelo Jerez Jaime. De acordo com ele, a criança deve ser examinada ao nascer e a cada seis meses, até os 2 anos de idade. “O diagnóstico em fases iniciais eleva a chance de cura a quase 100%.”

Tratamento

Assim como em adultos, o tratamento de câncer infantil inclui quimioterapia, radioterapia e cirurgias, a depender do tumor e seu estágio. A fase mais intensa da quimioterapia compromete a imunidade do paciente, por isso ele deverá ficar afastado da escola e demais atividades. “No entanto, durante boa parte do tratamento a criança leva vida normal”, aponta a oncologista pediátrica do Hospital Leforte Franciane Benica. Na leucemia, o transplante de medula óssea é realizado em casos que não respondem bem à quimioterapia, segundo Benica.

As operações oncológicas infantis mais comuns são para retirada dos chamados tumores sólidos, presentes no abdômen, no tórax e região cervical, a exemplo de neuroblastoma (neurológico) e tumor de Wilms (renal). Neurocirurgiões e ortopedistas atuam em casos que acometem o sistema nervoso central e os ossos. Intervenções cirúrgicas são necessárias, também, para chegar ao diagnóstico da enfermidade, como as biópsias.

Abordagem pediátrica

Embora as terapias sejam semelhantes para adultos e crianças, a abordagem nos dois casos é bastante diferente. “É preciso ter muito jeito com crianças. Tudo é mais assustador para elas, e para a família também”, afirma Denise Bedoni, coordenadora da Pediatria do Hospital Leforte unidade Morumbi.

De acordo com José Armando Mari, especialista em cirurgia intrauterina e coordenador da Cirurgia Pediátrica da unidade Liberdade do Hospital Leforte, é fundamental a confiança da família na equipe médica. “Se os pais se sentirem seguros, vão aderir ao tratamento e passar confiança ao filho”, diz. O trabalho é feito por vários profissionais, tais como: oncologistas, cirurgiões, radioterapeutas, hematologistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas e psicólogos, todos dedicados ao atendimento infantil. Segundo o Inca, é fundamental que a criança seja tratada em um centro especializado.

O Hospital Leforte, localizado nos bairros do Morumbi e da Liberdade, reúne toda a estrutura necessária às crianças. A instituição tem profissionais de todas as especialidades em um atendimento pediátrico integrado, do pronto-socorro à UTI, dos exames às terapias. “Faz toda a diferença a criança ser tratada em um único lugar, por uma mesma equipe. Ela se familiariza com o lugar e cria confiança nos profissionais, aceitando melhor o tratamento”, afirma Denise Bedoni.

O Hospital Leforte, por meio de aquisições e parcerias, apresentará em breve três novos endereços para o atendimento infantil nas regiões de Higienópolis, Santo Amaro e Alphaville.

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