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Quando pensamos em tecnologia avançada, filmes de ficção científica dominam rapidamente nossa imaginação. Robôs poderosos, máquinas que pensam sozinhas, naves e gadgets que só existem em um futuro distante — mesmo no cinema.
Pois um desses avanços já está entre nós, e funcionando a pleno vapor. O Watson, da IBM, é uma plataforma de computação cognitiva na nuvem que, assim como nós, humanos, tem a capacidade de aprender.
Tradicionalmente, os computadores funcionam com base em regras, linguagem e lógicas estruturais próprias e são programados para fornecerem respostas matematicamente corretas. Mas, em um mundo no qual o conhecimento produzido dobra a cada ano e as informações estão desorganizadas em fontes tão diversas quanto literatura, pesquisas, artigos, posts no Facebook ou tweets, é preciso encontrar outras maneiras de processar esses dados.
Pensado para ser capaz de ingerir e apreender informações produzidas por humanos para que outros humanos consumam, o Watson é uma plataforma que compreende a nossa linguagem natural, carregada de contextos, referências ambíguas, noções implícitas e outros aspectos de cultura.
Observar evidências e fenômenos visíveis
Buscar em nosso repertório o que já conhecemos para interpretar o que estamos vendo naquele momento. Com isso, geramos uma hipótese sobre o que aquilo significa
Depois, avaliamos sucessivamente as hipóteses que criamos. Estão certas ou erradas?
Por fim, mesmo sem 100% de certeza, tomamos decisões. Escolhemos a resposta que nos parece melhor, e agimos de acordo com ela
Um sistema cognitivo como o Watson usa estratégias semelhantes. Com base em dados previamente adquiridos, a plataforma de inteligência artificial observa hipóteses, as avalia e se torna capaz de tomar uma decisão.
Assim como nós, racionaliza a partir do seu processo de aprendizado:
Com experts humanos como guia, o Watson recebe e coleta o conhecimento para ser instruído sobre um assunto específico. Ele lê as sentenças e as quebra gramaticalmente e estruturalmente, para estabelecer as relações e descobrir o sentido do que está escrito. Essa montanha de dados é pré-processada pelo Watson, que cria índices e outras formas para trabalhar aquele conteúdo de forma eficiente
Com a ajuda de humanos, que enviam dados sob a forma de perguntas e respostas, o Watson aprende que existem maneiras de interpretar essas informações que ingeriu. Ele aprende a linguagem, os jargões e as motivações daquela área, e busca encontrar padrões para entender quais são as respostas possíveis
Conforme as interações com usuários acontecem, Watson aprende a interpretar a complexidade das questões que são postas e, com base nas evidências apresentadas, apresenta uma variedade de respostas que têm mais potencial de estarem certas
Ao buscar evidências para confirmar ou refutar hipóteses, o Watson confere uma pontuação a cada possibilidade com base nos modelos estatísticos e treinamentos pelos quais ele passou. Com base em quão alto as respostas pontuaram, o sistema estima sua confiança e decide qual é a resposta com mais chances de estar correta. Conforme acerta ou erra, Watson interpreta as novas informações e aprende com isso.
Essa capacidade de aprendizado do Watson — acumular dados, entender a intenção real da linguagem das pessoas e usar esse entendimento para extrair respostas lógicas e fazer inferências sobre respostas em potencial — já está sendo colocada em prática em diversos campos do conhecimento.
Leia a matéria “Quais são os usos possíveis de inteligência artificial e softwares cognitivos nos dias de hoje?” e descubra como a plataforma cognitiva da IBM já está sendo utilizada em campos como medicina, direito, atendimento de usuários e até no Geeks Collide, jogo exclusivo criado pelo UOL para edição 2017 da Comic Con Experience.