O dinheiro está nos dados

Tecnologia ajuda empresas de todos os portes a mapear oportunidades e otimizar processos

oferecido por Selo Publieditorial

As empresas navegam hoje em um mar de dados, que vai muito além das pesquisas possíveis em redes sociais na internet. As informações aumentam e se atualizam a cada instante: no movimento de vendas, na esteira de produção, na logística de entrega, no cadastro de clientes, nas regiões de maior demanda, no próprio fluxo de caixa. O que fazer com isso? Negócios dos mais variados segmentos e tamanhos que usam tecnologia para a analisar os números encontram verdadeiros mapas do tesouro.

"Usando adequadamente os dados, podemos direcionar melhor as decisões de negócios. É possível ter vantagem competitiva, enxergar possibilidades de mercado que outros não perceberam, entender o seu cliente e a maioria de suas demandas, diminuir os riscos, aumentar a eficiência", explica Marcelo Petenate, coordenador da EDTI, escola de ciência de dados.

Segundo o artigo What's Your Data Strategy?, divulgado pela publicação Harvard Business Review, menos da metade dos dados estruturados de uma organização é usada ativamente na tomada de decisões da empresa, em média - e menos de 1% dos dados não estruturados são analisados e usados de maneira direta. Isso coloca os negócios que investem na análise dos números à frente de seus concorrentes.

As ferramentas atuais

O desafio, entretanto, é integrar as informações captadas de diversas fontes simultâneas e transformá-las em insights. Como relacionar os números disponíveis no dia a dia e interpretá-los para resolver problemas reais? Tecnologias de inteligência artificial, entre elas as de machine learning, já estão disponíveis no mercado para negócios de diversos portes, e têm ajudado muitos setores a identificar tendências e oportunidades.

Empresas que queiram controlar estoques de maneira automatizada ou compreender o fluxo de clientes, por exemplo, podem usar softwares de leitura visual. Já pensou? O Google Video Intelligence ou Vision, por exemplo, permitem que uma rede de lojas extraia insights por meio de vídeos e imagens registrados por câmeras, catalogados e interpretados por uma inteligência artificial. Esse tipo de ferramenta gera dados instantâneos e oferece detalhes refinados do comportamento de compra dos consumidores.

A empresa que souber extrair informações a partir de dados internos e combiná-los com o que é coletado na internet vai ter uma fonte inigualável de informações. É a melhor forma de juntar as duas realidades e entender todos os seus tipos de público.

Reynaldo Saad, consultor da Deloitte Brasil

Por exemplo: um novo empreendimento quer saber qual a correlação entre as buscas na internet por um determinado produto, a disposição desses itens em suas lojas e a quantidade de vendas. Com o cruzamento destas informações por meio de um software, como o Google Cloud Machine Learning, por exemplo, é possível fazer predições quanto à necessidade de aumentar o estoque. Dá ainda para compreender se o volume de vendas varia com a posição do produto na prateleira, assim como é possível monitorar o interesse do consumidor, manifestado pela sua navegação na internet. A partir dessas conclusões, o empreendimento pode pensar tanto em estratégias de publicidade como em melhorar a organização da loja.

Mas essa mágica só é possível com uma boa capacidade de armazenamento de dados e de processamento. O caminho natural é a adoção da computação em nuvem. "Hoje em dia, está tudo na nuvem", explica Saad. "Além de ser prático, é a maneira simples de a empresa entrar na análise de dados. Não tem como fugir."

Mais segura, barata e eficiente, a cloud dá o suporte técnico que o empreendedor precisa para que isso tudo seja feito sem falhas - segundo estudo global da consultoria IDC feito nos EUA, Europa e América Latina, 10,4% de empresas tiveram aumento nas receitas após aderirem às soluções de cloud e 77% reduziram custos de TI.

O processamento de dados também funciona melhor em nuvem pela capacidade do sistema de conseguir ganhar escala. "A análise de informações complexas sempre foi muito dependente da computação. Conforme cresce a capacidade computacional, há mais capacidade de análise. Hoje, o principal caminho (para ganhar escala) é a nuvem. Empresas de tecnologia, atualmente, estão muito à frente nesse sentido", contextualiza Petenate, da EDTI.

E a segurança?

Como em qualquer contratação de serviços, a empresa precisa estar segura da capacidade do fornecedor e de seus parceiros. Sem uma boa conexão entre as partes, o resultado pode ficar deficiente. "É preciso escolher a dedo quem vai prestar o serviço de nuvem, de ciência de dados, de interpretação, de desenvolvimento de software. Se as coisas não estiverem alinhadas, não funciona", garante Petenate, da EDTI.

Quando os dados em análise são de pessoas - como endereços, telefones, e-mails, localização e outros -, é preciso ainda atenção à legislação. Na Europa, em 2018, foi aprovada a GDPR (Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados, na sigla em inglês), que institui uma série de regulações sobre a coleta e a análise de dados. O usuário, por exemplo, precisa estar totalmente ciente do dado que está sendo coletado e o objetivo de sua análise.

Agora, o Brasil também segue um caminho parecido com a Lei Geral de Proteção de Dados, fortemente inspirada na regulação europeia, e que deve entrar em vigor em 2020. A nova legislação prevê a necessidade da aprovação do usuário, na cessão de dados, quanto ao uso das suas informações - onde e para que serão usadas. Sem esse consentimento, a empresa que usar os dados poderá incorrer em multas e outras punições.

"Há uma série de restrições e obrigações que as empresas precisarão seguir. Há a obrigatoriedade de eliminar a informação do usuário após um tempo determinado, avisar a pessoa sobre a coleta daquele dado", afirma Mauricio Fiss, sócio-diretor da área de tecnologia da consultoria Protiviti.

Por isso, na hora de escolher por um servidor de nuvem para os dados da empresa faz diferença optar por fornecedores que já sigam os parâmetros estabelecidos pela Lei de Dados - o Google, que tem uma região cloud em São Paulo, única na América Latina entre os provedores do serviço, é um exemplo disso, facilitando a entrada no universo dos dados com total adequação à Lei.

Tecnologia para inovar

Não há receita garantida para inovar e ter sucesso nos negócios, mas a tecnologia mostra caminhos pavimentados em dados concretos. É possível fazer os dados trabalharem constantemente em favor da empresa. E para captar, integrar, armazenar e analisar todas as informações necessárias, já existem ferramentas de ponta disponíveis na nuvem para todo o tipo de necessidade.

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