
Muita gente faz um seguro pensando nos bens, o que é justificável e recomendável. Mas como pode esquecer justamente do patrimônio mais precioso, a família? Será que são pessoas omissas, egoístas? Se preocupam mais com o carro do que, por exemplo, com os filhos?
Lógico que não. Não se trata de "esquecer", mas de desinformação e tabus culturais. No Brasil, o seguro de vida ainda convive com certas noções que não condizem com a realidade.
Por exemplo, há quem ache que pagá-lo serve apenas para "enriquecer" os parentes depois do falecimento. Ou que tratar do assunto traz algum tipo de mau agouro. Se hoje está tudo bem, porque ficar pensando que algo ruim pode acontecer algum dia, não é mesmo?
Acontece que as verdadeiras perguntas que você deve fazer são as seguintes: em qual situação ficariam as pessoas que você ama na sua ausência? Ou no caso de você se tornar incapaz de provê-las?
O ser humano tenta desde sempre compreender e lidar com a morte, seja por meio da religião, misticismo, espiritualidade, filosofia. Essa busca é parte essencial e formadora da nossa existência. Sendo assim, é compreensível que abordar o tema seja quase sempre algo delicado.
Aqui, porém, estamos falando de planejamento financeiro puro e simples. Seguro de vida é isso: garantia, ao menos temporária, de estabilidade financeira para sua família seguir adiante caso você venha a falecer.
Este é o objetivo principal de um seguro de vida, mas um plano pode oferecer uma série de outras assistências, inclusive para situações que não estão relacionadas ao falecimento.
Porque, se a dor da perda é pessoal, e a maneira de enfrentá-la diz respeito somente ao indivíduo, você ao menos saberá que sua família não estará desamparada.
Pagamento do valor total contratado à família.
Em caso de falecimento por um tipo específico de acidente que esteja coberto pelo seguro, a família recebe o valor total contratado junto ao seguro.
Em caso de acidente que venha a te deixar inválido ou parcialmente inválido, você também poderá receber até 100% do valor contratado.
Pagamento de até 50% do valor total contratado em caso de falecimento do cônjuge ou companheiro(a).
Você recebe uma determinada quantia caso esteja em estágio avançado de alguma das doenças que mais causam óbitos no Brasil.
Indenização extra para sua família, no valor de 100% do capital contratado para a cobertura da morte, em caso de morte por acidente.
Direito a 50% do valor da indenização contratada em caso de diagnóstico clínico confirmado de câncer de mama, ovário e útero.
Você pode continuar a contar com todas as coberturas e assistências contratadas durante seis meses mesmo se perder o emprego involuntariamente, e deixar de pagar o seguro, por até seis meses.
Auxílio-alimentação de R$ 1 mil para a família em caso de morte acidental.
Pagamento e organização de todo o funeral, e do translado até o domicílio, em caso de morte do segurado, cônjuge ou filhos de até 24 anos.
Descontos em medicamentos, entrega em domicílio e orientação farmacêutica de segunda a sexta.
Gratuidade em medicamentos conforme a prescrição médica/odontológica em atendimentos de emergência e o tipo de seguro contratado.
A cada doze meses, o seguro oferece serviços como fixação de quadros, prateleiras e persianas, instalação de olho mágico, limpeza de caixa-d'água, lubrificação de fechaduras e dobradiças, revisão de instalação elétrica, troca de lâmpadas e luzes, verificação de vazamentos, troca de vidro e retirada de entulho.
Atendimento personalizado, via telefone, com nutricionistas.
Em 2007, recebi um diagnóstico de câncer. Você acha que vai morrer, que a sua vida acabou. Mas aí tive uma surpresa: soube, pelo gerente, que tinha direito a uma indenização por eu estar fazendo tratamento. Eu pagava o seguro de vida pensando no meu marido e no meu filho em caso de falecimento na família, nunca imaginei que teria esse tipo de ajuda. Foi uma alegria imensa. O remédio que eu precisava tomar não era, na época, pago pelo governo, e pude usar o dinheiro para bancá-lo. Mas a indenização serviu, acima de tudo, para melhorar muito o meu ânimo para enfrentar a doença.
Minha motivação para ter um seguro de vida é proteger meus filhos, as pessoas que moram comigo, porque a gente não é eterno. Hoje eles já são menos dependentes de mim, minha filha é formada e meu filho está na faculdade, mas minha intenção foi deixar uma base financeira no caso da minha ausência. Eu sempre tive essa preocupação, sou muito pés no chão. Eles podem não ter o carinho de mãe depois que eu me for, mas pode ter certeza que um suporte financeiro ajuda. Não adianta tratar esse assunto como tabu, tem que ser realista.