
Crianças pequenas estão mais sujeitas a complicações de dengue, zika e chikungunya. Como se não bastasse, os sintomas dessas doenças podem ser confundidos com os da gripe. Saber quais são os sinais de cada uma pode fazer a diferença na vida da criança.
Com o aumento da temperatura e das chuvas, cresce também a preocupação dos pais com as notícias sobre as doenças transmitidas por mosquitos, a exemplo da dengue, da zika e da chikungunya. Recentemente, a febre Mayaro também ganhou as manchetes, mas o número de casos é reduzido e restrito a regiões específicas (continue lendo para saber mais). Como os pequenos nem sempre conseguem explicar o que estão sentindo, há mais chances de confundir os sinais dessas doenças entre si e também com os sintomas da gripe comum. A melhor forma de proteger seu filho é a informação correta e o diagnóstico médico o mais cedo possível.
As manifestações iniciais da dengue, zika, chikungunya e gripe são semelhantes, o que dificulta o diagnóstico precoce das viroses. Além disso, no caso da zika, a doença pode passar despercebida em cerca de 80% dos casos, quando os sinais são muito leves. Enquanto a dengue já conta com um teste rápido, as demais só podem ser identificadas por meio de análise genética, um exame mais demorado e restrito, que só detecta o micro-organismo nos primeiros dias dos sintomas.
De acordo com a infectologista pediátrica e diretora adjunta de comunicação da Sociedade Mineira de Pediatria, Gabriela Araújo Costa (CRM 41518-MG), os menores de dois anos correm maior risco de agravamento dos sintomas e complicações. “Entretanto, todas as crianças devem ser monitoradas de perto durante o período sintomático, a fim de identificar os primeiros indícios de piora e possibilitar que os pais procurem atendimento com agilidade”, orienta.
Além das reavaliações frequentes, os pais devem procurar atendimento médico imediatamente se observarem os seguintes indicadores de alerta:
- sangramento em narinas, gengivas, fezes, urina ou vômito;
- dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes;
- sensação de tonteira ou desmaio;
- criança muito prostrada ou irritada;
- no caso da gripe, dificuldade para respirar ou cansaço.
Se o pequeno estiver em tratamento para alguma outra condição de saúde, esse também é considerado um fator de risco para complicações, especialmente no caso da dengue. “Na infecção pelo chikungunya, se a criança já tinha outra doença articular antes, existe maior possibilidade de que o comprometimento das articulações se torne crônico”, explica a especialista.
Os pais devem estar especialmente atentos à prostração, recusa alimentar, febre persistente e manchas no corpo. No caso dos bebês, um sinal importante é a recusa de mamadas e modificações no comportamento habitual, como irritabilidade ou choro persistente, que podem indicar dor. Nessas situações, a criança deve ser levada a um serviço de saúde para atendimento por profissional capacitado.
Como não existe tratamento específico para essas doenças, todas as medidas são direcionadas ao alívio dos sintomas. Para baixar a febre e amenizar a dor no corpo, a recomendação é usar medicamentos à base de paracetamol e dipirona, sempre com orientação médica. O ácido acetilsalicílico e os anti-inflamatórios devem ser evitados, porque podem facilitar processos hemorrágicos. A automedicação e o uso de medicamentos errados, antes do diagnóstico e orientação certos, podem aumentar o risco de morte.
Já existe no mercado uma opção que, além de aliviar os sintomas, torna o tratamento mais fácil para pais e filhos. Benegrip Multi® combate dor, febre e congestão nasal, tudo num só medicamento. Pode ser usado em crianças a partir dos 2 anos de idade e vem em fórmula diluída, com sabor frutas vermelhas. O copo dosador facilita a administração e diminui o erro de dose. Além de ser uma solução contra a gripe, Benegrip Multi® contém paracetamol, ativo indicado pelo Ministério da Saúde no tratamento e em caso de suspeita de dengue, zika e chikungunya.
Você já ouviu falar da Febre de Mayaro? É uma doença infecciosa, transmitida principalmente pelo mosquito Haemagogus janthinomys. Está em investigação a possibilidade de transmissão também pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, mas o Ministério da Saúde não confirmou esse tipo de infecção no Brasil.
Apesar de antiga, a doença ainda é pouco conhecida pela população. O Mayaro foi isolado pela primeira vez em 1954, na região do Caribe. No Brasil, o primeiro registro foi em 1955. Atualmente, o vírus é endêmico das regiões Norte e Centro-Oeste e, nos últimos anos, não houve elevação do número de ocorrências. Dados do Ministério da Saúde mostram que foram confirmados 70 casos da doença entre dezembro de 2014 e janeiro de 2016, todos em pessoas que moravam ou estiveram em área rural, silvestre ou de mata, com destaque para os estados de Goiás, Tocantins e Pará. Outros casos permanecem em investigação. Não há relatos, até o momento, de transmissão urbana.
A febre Mayaro ocupou os noticiários, recentemente, porque um grupo de pesquisadores da Universidade da Flórida (EUA) identificou o vírus em um paciente no Haiti, cujos resultados foram negativos para testes de chikungunya e zika. Essa descoberta sugere que o Mayaro pode estar se espalhando pelo continente, mas a informação ainda é alvo de estudos.
Por ser muito similar a outras viroses e geralmente melhorar sem tratamento, raramente a febre Mayaro tem diagnóstico oficial. Quando os sintomas aparecem, podem ser febre, cansaço, manchas vermelhas pelo corpo, dor de cabeça e nas articulações, de 1 a 3 dias após a picada do mosquito, variando de pessoa para pessoa. Normalmente, após uma ou duas semanas, a recuperação é total. Não existe tratamento específico ou vacina, apenas as recomendações de repouso e uso medicamentos para alívio de dor e febre. A prevenção é a mesma para a dengue, chikungunya e zika.
Os vírus Mayaro e Chikungunya pertencem à mesma família (alfavírus) e podem ocorrer reações cruzadas no diagnóstico. O Governo Federal anunciou em novembro de 2016 que o Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal está apto a fazer o exame laboratorial para identificar a febre Mayaro. Até então, somente o Instituto Evandro Chagas, no Pará, fazia a análise. De acordo com Ministério da Saúde, a postura dos laboratórios centrais em relação à doença será de vigilância, já que não há situação de epidemia.
Cerca de 80% dos criadouros dos mosquitos transmissores da dengue, zika e chikungunya estão dentro das nossas casas.
A prevenção e a eliminação dos criadouros dos mosquitos devem ser feitas o ano inteiro, mesmo no inverno. Se for parte integrante da rotina da casa, pelo menos uma vez por semana, as larvas nem chegarão a nascer.
Sempre que possível, vista nos pequenos roupas de tecidos mais grossos, com mangas longas e calças compridas. Evite roupas finas e muito coladas ao corpo. Mosquitos como Aedes têm predileção pelo tornozelo. Coloque roupas que protejam essa parte do corpo da criança quando ela estiver brincando fora de casa.
Nos períodos do nascer e do pôr do sol as janelas devem ficar fechadas, o que reduz a entrada de mosquitos. Insetos como o Aedes atacam mais durante as primeiras horas da manhã e no final da tarde, mas podem picar à noite se houver suficiente luz artificial. O uso do ar condicionado ajuda a manter os mosquitos afastados.
Os repelentes elétricos (com liberação de inseticidas) são úteis e diminuem a entrada dos mosquitos quando colocados próximos das janelas e portas. Deve-se tomar cuidado com os repelentes líquidos, que podem ser retirados da tomada pela criança e acidentalmente ingeridos.
O uso de repelentes tópicos deve ser feito com moderação e não está indicado para crianças com menos de 6 meses. Não deve ser utilizado durante o sono ou por períodos prolongados. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) preparou um guia completo sobre o uso de repelentes em crianças, confira no link.
A vacina para a dengue está licenciada, na rede particular, apenas para crianças acima de nove anos de idade. A dose ainda não foi incluída no calendário nacional de imunização, na rede pública, mas já está em fase de testes. No caso da gripe, a vacina deve ser renovada todos os anos e é oferecida gratuitamente nos postos da rede pública para crianças de 6 meses a 5 anos.
SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.
Benegrip Multi: Paracetamol, cloridrato de fenilefrina e maleato de carbinoxamina MS 1.7817.0768. Indicações: Analgésico e antitérmico. Descongestionante nasal em processos de vias aéreas superiores. Maio /2015.
Benegrip Multi é um medicamento. Durante seu uso, não dirija veículos ou opere máquinas, pois sua agilidade e atenção podem estar prejudicadas.