Como era de se esperar, os cruzeiros mudaram significativamente nos últimos 104 anos. “Antigamente, navios de passageiros eram, acima de tudo, meios de transporte”, diz Bud Darr, vice-presidente para Assuntos Técnicos e Regulatórios da Cruise Lines International Association (CLIA), a principal associação de empresas de cruzeiros do mundo.
“As embarcações viraram um destino turístico por si só, com entretenimento constante e atrações como paredes de escalada, teatro e até carrinhos de bate-bate. Boa parte das férias dos passageiros é passada a bordo”.
O Titanic tinha suas áreas de entretenimento, mas a maioria delas só estava aberta aos passageiros da 1ª classe - cerca de um terço dos hóspedes. Hoje, muitos navios oferecem áreas exclusivas para passageiros que compram os bilhetes mais caros, mas, via de regra, quase todos os atrativos a bordo são acessíveis a todos os viajantes.
E, logicamente, há a questão da segurança. O Titanic afundou em sua primeira jornada depois de se chocar com um iceberg no meio do Atlântico. Mais de 1.500 pessoas morreram no acidente. Mesmo que tragédias marítimas ainda possam ocorrer (vide o Costa Concordia, em 2012), Darr garante que, hoje, viajar de navio é muito mais seguro.
“Os navios recebem informações e imagens por satélite em tempo real e em alta resolução sobre as condições das rotas marítimas. E há a International Ice Patrol, responsável por monitorar a existência de icebergs no trajeto das embarcações, o que garante uma segurança ainda maior”.
Esta entidade, vale lembrar, foi fundada em 1914, como resposta ao acidente do Titanic.