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Exercício bom é aquele que faz bem para o corpo e a mente

Fernando Moraes/UOL Fernando Moraes/UOL

Esporte melhora foco na escola

O processo de aprendizado é complexo e envolve muitas variáveis. Segundo a pesquisa Escolas Ativas, realizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), crianças que fazem atividades físicas regularmente têm melhor desempenho na escola. "O exercício físico melhora o foco e a atenção da criança", diz Gilberto Coelho, especialista em Fisiologia do Exercício e professor de Educação Física do colégio FAAP, de São Paulo.

Não é à toa que Educação Física faz parte do currículo obrigatório no Brasil. Em uma escola de ensino infantil e fundamental I da Região Sul de São Paulo, até os bebês recebem estímulos motores e sensoriais. "Com 1 ano e meio, eles já vão para a quadra e brincam com bolas e obstáculos", diz o professor Heder Flaviano de Miranda. Aos poucos, são introduzidos jogos com regras simples, que vão aumentando em complexidade conforme o desenvolvimento da criança.

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Muito mais do que mexer o corpo, a Educação Física estimula a capacidade de desenvolver estratégias, lidar com conflitos, vitórias e derrotas, além, é claro, das relações sociais. "Aqui na escola, oferecemos a prática de esportes menos tradicionais, como badminton e chuckball. Dessa forma, elas têm a chance de formar ainda mais habilidades", diz Heder.

"Eu não gostava de jogar vôlei, achava chato e difícil. Mas o professor explicou, com paciência, como era. Fui treinando e hoje eu adoro. Na verdade, eu aprendi a gostar de qualquer esporte em grupo, pois tenho a oportunidade de estar com meus amigos", diz a aluna Caroline Kuramochi, de 10 anos, que cursa o 5º ano do Fundamental. 

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Dança e musculação fortalecem corpo e mente

Desde que ficou viúva, há 22 anos, a paranaense Catarina Katsue Moniwa, de 75 anos, encontrou nas aulas de dança de salão uma distração e uma maneira divertida de se manter saudável. Gostou tanto que não parou: há dez anos também é uma das mais animadas alunas de uma academia no bairro paulistano do Jardim da Saúde.

Em dias de sol, um grupo de dez senhoras, todas com mais de 60 anos, se encontra na academia e segue para o parque da Independência, na zona sul. Catarina gosta de sentir o vento na pele e "ver gente". Para ela, as aulas ali são maravilhosas. "Me faz muito bem".

Ela está certa: segundo seu treinador, o profissional de educação física Marcus Prado, exercitar-se na terceira idade não apenas fortalece os músculos — ação imprescindível para evitar quedas e ganhar força para as atividades cotidianas — como lubrifica as articulações, melhora o equilíbrio, a coordenação motora e ainda oxigena o cérebro, trazendo benefícios para a memória e o bem-estar.

Não abro mão. O exercício físico melhora tudo: desde a disposição para o dia a dia até a hérnia de disco e o nervo ciático que me incomodam um pouco

Catarina Katsue Moniwa, de 75 anos

Leo Caobelli/UOL Leo Caobelli/UOL

Orientação profissional é tudo

A enfermeira Laura Soncini, 30 anos, frequenta há dois anos uma academia exclusiva para mulheres em Porto Alegre. Quando trabalhava em ambulância, Laura atendia chamados nos quais tinha que, por exemplo, subir vários lances de escada carregando malas e equipamentos pesados. "E foi nas aulas da academia que aprendi a fazer isso corretamente".

Laura trocou a vida na ambulância por estudar gestão de saúde e, mesmo com a agenda cheia, não abre mão das aulas.

De acordo com Melissa Fabrício Rocha, profissional de educação física responsável pelo treino de Laura, a rotina na academia precisa respeitar a particularidade de cada pessoa. Oferecer isso, no entanto, só é possível com orientação adequada. "O profissional de educação física tem a formação para prescrever rotinas que atendam às mais diversas possibilidades, como doenças ou restrições", diz.

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