Como é para você fazer uma luta tão próxima do aniversário de 20 anos de sua primeira luta profissional? Sério que é agora? Não sabia. Vai ficar melhor ainda então.
E como é para você estar aqui há tanto tempo no esporte e com um espaço de destaque? Mostra aminha relevância, meu valor. Compraram o UFC agora por US$ 4 bilhões, vão ter de aumentar meu cachê (risos)
Qual é o principal legado que você deixa para o esporte? Mostrei que lutador tem de ter voz ativa, tem que pensar que vida dele não se resume só lutar. Hoje eu vejo os lutadores tendo voz ativa, como José Aldo. Respeito muito isso. Isso traz uma satisfação grande, foi uma crítica importante a dele. Hoje acho que as pessoas estão podendo ver que isso é importante.
O próprio Aldo já falou que você deveria liderar uma organização, uma união dos lutadores... Uma pessoa não pode se autodeterminar líder. Mas é preciso, sim, ter uma organização para os lutadores. Eu penso sempre na saúde, penso depois do fim da carreira, na família, na condição física, como fazer com a carreira dele. Acho que os atletas de tem de saber como não serem roubados pela equipe ou colegas, tem de poder ajudar as pessoas. Eles precisam conhecer o mundo dos negócios, como se comportar, ver que isso não é apenas um esporte. Estamos caminhando nesse sentido.
E você esperava estar há tanto tempo nesse esporte? Nunca esperei. Hoje posso dizer que sou um empreendedor que amo lutar, mas amo o mundo dos negócios. Estou criando várias coisas. Quero que minha próxima criação seja uma liga de lendas do MMA. Já pensou ver lutadores das antigas de volta? Ver caras como Chuck Liddell ou Randy Couture de novo. Claro que com regras diferentes, mas queria um torneio de másteres, assim como já tem no jiu-jítsu, por exemplo.
Quais foram os melhores e os piores momentos de sua carreira? Melhor momento são as vitórias, minha primeira vitória, as inúmeras vitórias que conquistei. Ruins foram os momento de tive de lidar com as lesões, dificuldades. Além das derrotas, claro.
Como você definiria seu primeiro mestre Carlson Gracie nesses 20 anos de carreira? Carlson teve muita importância, não só para mim, como eu para ele, fizemos história na vidade um e do outro. O que ele me prometeu ele cumpriu. O que eu prometi, cumpri. Relacionamento é bom quando vem dos dois lados.
O que você acha que ele te falaria nesse momento? (risos) Bora campeão, vamos que dá para ficar um pouco mais, mais uns dez anos (risos)
E você vai ficar mais dez anos? Pagando bem, que mal tem? (risos)
Você ficou muito chateado com seu desempenho na última luta, quando perdeu para o Jacaré. Disse que perdeu sua principal característica, que é o ataque. O que podemos esperar contra o Mousasi? Vocês vão ver um Vitor indo para frente. Sempre disse que meu ataque é minha melhor defesa. Ele é um lutador duro, completo. É uma luta muito interessante, vim esperando um bom combate. Da última vez eu não lutei, dessa vez eu vou lutar.