Absoluto. Não importa quem vai cruzar o caminho do Real Madrid, o resultado é o mesmo. Um adversário caído. Foi essa a história das últimas três temporadas da Liga dos Campeões da Uefa. Juventus, PSG, Bayern de Munique, Manchester City, Atlético de Madri. O número de rivais que ficaram pelo caminho do maior campeão europeu é vasto.
Assim, o time chegou a uma marca que ninguém conseguia há 42 anos, três títulos consecutivos da Liga dos Campeões. O feito veio após a vitória por 3 a 1 contra o Liverpol, no Estádio Olímpico de Kiev. Já são 13 taças na história, seis troféus a mais do que o Milan e oito mais do que o clube inglês, o Bayern de Munique e o arquirrival Barcelona.
O confronto teve teor dramático, despertando lágrimas durante o jogo e depois do apito final. O egípcio Mohamed Salah foi o primeiro a se entregar ao choro — machucado, teve que ser substituído. Foi acompanhado pelo lateral espanhol Daniel Carvajal, que viveu tragédia semelhante. Com falhas em dois gols do Real, o arqueiro Loris Karius pediu de olhos marejados desculpas aos torcedores. Terminada a partida, atletas das duas equipes se emocionaram, de um lado, pela vitória e, de outro, pela derrota.
Até a conquista, o time merengue seguiu uma trajetória de trancos e barrancos. Classificou-se em segundo na fase de grupos, derrotado pelo Tottenham por 3 a 1, em Londres. Nas oitavas, teve certa facilidade com um 5 a 2 no placar agregado contra o PSG.
Mas passou pelas quartas, contra a Juventus, em duelo de resolução controversa: depois de vencer por 3 a 0 na Itália, contou com um pênalti contestado para marcar na derrota por 3 a 1 no Santiago Bernabéu e avançar de fase. Nas semifinais, não jogou bem contra o Bayern e precisou da sorte, em falhas improváveis da equipe alemã, para chegar à final.