A omissão dos clubes
Se por um lado presidentes de federações, especialistas em direito e outros integrantes da engrenagem do futebol brasileiro topam comentar o momento do esporte e da gestão de Marco Polo Del Nero, o mesmo não se pode dizer de alguns dos principais interessados no assunto: os mandatários dos clubes. Em pouco mais de uma semana de tentativas, somente três dos representantes dos 12 maiores times aceitaram falar abertamente com o UOL.
Ainda assim, o trio repetiu uma pratica comum aos outros nove clubes: o cuidado excessivo para não se indispor com o presidente da CBF. Na turma que se omitiu, o posicionamento era basicamente o mesmo em todos: ataques informais e opção oficial de não comentar o assunto. A grande maioria dos presidentes citou que não era bom "entrar em rota de colisão" com a Confederação.
Muitos chegaram a mostrar descontentamento com o fato de não poder falar abertamente sobre o caso. Alguns chegaram a propor sugestões para mudanças no futebol brasileiro e comentar o desgaste de Del Nero "em off". Com gravadores ou microfones abertos, no entanto, reinava o medo que mais fazia lembrar uma ditadura.