A Valentina que foi ao espaço
Ainda que as planilhas mostrassem desempenhos diferentes, os soviéticos tinham duas cosmonautas com qualificação suficiente para cumprir a missão. O qualificação suficiente da frase anterior está em destaque por um motivo: a verdade é que a nave, que levava somente uma pessoa, viajava sozinha. A tarefa dos cosmonauta, fosse homem ou mulhere, era esperar a reentrada na atmosfera para se ejetar e controlar a descida de paraquedas. Sendo assim, escolheram a Valentina que venderia melhor as qualidades do regime.
Tereshkova era filha de um motorista de trator que trabalhava em fazenda coletiva. Quando ela estava com dois anos, o pai foi morto lutando pelo país na 2ª Guerra Mundial. A mãe era funcionária em uma indústria têxtil e foi acompanhada da filha na linha de produção quando Valentina completou 16 anos.
A garota ainda se inscreveria na juventude comunista e, em seguida, entraria para o Partido Comunista. Os burocratas tinham o produto dos sonhos: uma mulher engajada e filha de proletários. Eles provariam que na URSS mesmo alguém de origem humilde podia chegar ao espaço.