Príncipe da Vila
Então com 15 anos, Joshua fez um mês de treinamentos com a categoria sub-17 do Santos. O ano era 2012. Em fevereiro de 2013, foi chamado para assinar contrato. Ele chegou de um futebol de nível técnico mais fraco e sem rotina de atividades, mas teve acompanhamento especial para chegar ao nível dos companheiros: treinar com seu pai.
Quando havia tempo, Pelé e Joshua iam para o campinho da casa no Guarujá bater bola. O pai ensinava macetes do jogo, como chutes e dribles, assistia aos treinos e dava conselhos. Quando assistiam aos jogos na TV, Joshua perguntava ao pai que solução daria a determinados lances. Não havia professor melhor.
No dia a dia com os companheiros, Joshua era chamado de "Príncipe", "Arantes" e "filho do homem". Mas não se lembra de tratamento diferenciado ou bullying excessivo. "Todo mundo sabia que eu era filho do Pelé. Não tinha como não saber, mas todo mundo tratava bem. Com os técnicos, se eu estava jogando bem, me colocavam, senão não. Nesse ponto, achei ótimo. Jogadores, comissão, todos sempre foram honestos. Óbvio que tem aquele respeito por ele [Pelé], mas nada de regalia. Para ser sincero, até hoje não tenho noção do que é meu pai. Nunca pesou e nunca me cobrei também".