O alemão, que liderava a prova, não perdoou o companheiro e o culpou pela batida. "É duro porque a corrida estava na minha mão. Eu sabia onde ele estava e me certifiquei de que não havia espaço. Quando vi que ele estava se aproximando, me movi da maneira mais rápida possível, fechei a porta, para ele não tentar ir por dentro. Qualquer piloto teria feito o mesmo e me surpreendeu que ele tenha tentado mesmo assim", afirmou.
Agora terceiro colocado do campeonato, Hamilton explicou o acidente, afirmou que não fez nada de errado ao tentar ultrapassagem, mas reconheceu que a batida prejudicou muito a equipe. "Fico desapontado pela equipe. Agora o mais importante é fazer com que isso não se repita nas próximas provas. Perdemos 43 pontos e só nós dois somos responsáveis por isso, mas estas coisas acontecem nas corridas".
Toto Wolff não gostou nada do que viu ainda na primeira volta e chamou os pilotos para uma reunião nem mesmo chegaram aos boxes. "Posso dizer que foi um incidente de corrida causado por diversas circunstâncias.É muito dolorido ver que perdemos a chance de fazer um grande resultado. É uma batida que poderia ter sido evitada pelos dois. É difícil atribuir porcentagem de culpa", afirmou.
Nem mesmo a surpreendente vitória de Max Verstappen tirou o foco dos pilotos da Mercedes. As coletivas de imprensa de Nico Rosberg e Lewis Hamilton foram, de longe, as mais lotadas do domingo. No fundo do motorhome da Mercedes, uma figura atenta às explicações dos pilotos - e com larga experiência em ter o grande rival como companheiro - chamava a atenção: Alain Prost, hoje comentarista na Inglaterra e na França.
O clima esteve quente entre os chefes de equipe após a divulgação das regras de motores que entram em vigor em 2017, com promessa de maior convergência de performances e preços mais baixos. Questionado sobre as mudanças, o chefe da Force India, Robert Fernley, disse que não iria comentar. Afinal, o time, que usa motores Mercedes, queria uma queda maior no preço em relação ao que foi acordado. A resposta não foi bem recebida pelo chefe dos alemães, Toto Wolff. ?Estou tentando digerir o que acabei de ouvir?.
Apesar das regras de 2017 estarem definidas após muita polêmica, a Fórmula 1 vive um momento tenso politicamente. Prova disso foi a presença de várias das figuras mais importantes do esporte em Barcelona. Dietrich Mateschitz, dono da Red Bull, Dieter Zetsche, presidente da Mercedes, Sergio Marchionne, seu par na Ferrari, e os comandantes máximos da Honda apareceram no paddock do Circuito da Catalunha. O homem forte da Fiat inclusive visitou o motorhome da Mercedes. E fez questão que todos vissem isso.
O finlandês largou na quinta colocação e fez uma corrida muito consistente, ameaçando a vitória de Verstappen em diversas oportunidades. Mesmo sem ter conseguido o triunfo, deixou Barcelona em alta.Foi a 61 pontos e assumiu a vice-liderança do campeonato com 61 pontos, quatro à frente de Lewis Hamilton, o terceiro colocado.
Imagem: AFPO piloto brasileiro se deu muito mal na classificação, no sábado, devido a um erro de estratégia da Williams no momento de mandá-lo à pista e saiu apenas da 18ª colocação. Entretanto fez uma bela corrida de recuperação e conseguiu terminar em oitavo, apenas três postos atrás do companheiros Valtteri Bottas, que havia partido em sétimo.
Imagem: Mark Thompson/Getty Images