O que é dito nos bastidores mostra como Felipe não tem (ainda) a influência que se pensa: nos corredores do clube, a certeza é que Marcos Paquetá não seria nem sequer contratado se Felipe Neto tivesse influência real nas decisões. Ele sempre foi um crítico do currículo do ex-treinador e da falta de experiência em times de ponta por aqui. E, nos contatos com seus amigos, ele cornetava o técnico como qualquer torcedor.
O problema é que alguns desses amigos são dirigentes do Botafogo. "Tento ajudar o máximo possível em diversos assuntos, seja com opiniões, auxílio financeiro ou até mesmo permutas para viabilizar algo para o clube. Mas não tive qualquer influência sobre a demissão do Paquetá e desejo todo sucesso do mundo a ele. O que postei no Twitter foi só uma cornetada de torcedor. Às vezes, eu acabo não me aguentando (risos)", brinca o influenciador.
No começo do ano, ele já havia escrito que outro técnico, Felipe Conceição, "tem que ser demitido" porque "não tem condições". Na ocasião, a demissão demorou cinco dias para sair.
A frase em que nega influência, porém, mostra que ele está, sim, ganhando relevância dentro do clube. Ao dizer que tenta ajudar o máximo possível, ele usa um capital que está bem acima daquele que o Botafogo tem. Some o número de inscritos em seu canal, com seus seguidores no Twitter e no Facebook. São mais de 30 milhões de fãs. Agora, compare com o número de torcedores botafoguenses. Em 2014, segundo o Ibope, eram cerca de 4 milhões. Entendeu porque Felipe Neto, mesmo sendo um patrocinador menor, é gigante dentro do Botafogo?