Pressão no novo rico
Desde 2003, quando o Campeonato Brasileiro começou a ser disputado no sistema de pontos corridos, apenas dois campeões conseguiram manter a hegemonia nacional - São Paulo e Cruzeiro. O equilíbrio de forças, porém, não é o único desafio que o Palmeiras terá de superar nesta temporada. O dono da taça do ano passado, dono de um elenco estrelado e amparado por um aporte financeiro gigante da patrocinadora Crefisa, precisa vencer antes de mais nada o próprio ambiente de pressão.
Entre os principais jogadores do elenco campeão de 2016, a única baixa do Palmeiras para esta temporada é Gabriel Jesus, negociado com o Manchester City. Em contrapartida, foram R$ 76 milhões despejados em contratações como Felipe Melo e Michel Bastos, titulares da seleção brasileira em Copa do Mundo, Alejandro Guerra, eleito pela Conmebol o melhor jogador da Libertadores do ano passado, e Miguel Borja, reforço mais caro do futebol nacional na última janela de transferências.
As adições ao elenco alviverde criaram um ambiente opressivo para Eduardo Baptista, técnico contratado no início de 2017. Tanto é que ele não resistiu: comandou a equipe em apenas 23 jogos e foi demitido após ter sido eliminado do Campeonato Paulista e sofrido um revés na Copa Libertadores.