Júlio e os dois Flamengos diferentes em 20 anos
Quando Júlio César subiu aos profissionais do Flamengo, há 20 anos, viveu um clube que tinha dificuldades para viabilizar a aquisição de equipamentos e mais ainda para pagar salários - quando saiu, tinha quatro meses de pendências financeiras. Agora, reencontra o Rubro-negro com finanças em dia e estrutura inimaginável.
“Mudou tudo, p... [risos]. Até as pessoas da minha formação estão diferentes. Quando estamos juntos não tem como o Flamengo de antigamente não ser falado. Não deixa a desejar em nada aos clubes lá de fora”, comentou.
O extremo daquele Flamengo antigo foi a ameaça sofrida em uma das lutas contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Acuado, Júlio César precisou se desfazer de um bem material para preservar a sua segurança e a da família.
“Tive que vender um carro. Um torcedor organizado virou e falou ‘vende aí porque você não pode ficar andando com esse carrão nessa situação’. Isso assusta. Você não sabe a reação dele. Quando esse tipo de torcedor faz isso, tem a audácia de invadir um setor de trabalho, te agride, vai até aeroporto... Tenho família, uma série de coisas. Vendi o carro. Não aceitava isso de maneira nenhuma”, recordou.