(A)normal

Cafu pode achar que ser o jogador mais vitorioso do planeta é algo comum. O UOL Esporte não acha...

Luiza Oliveira e Vanderlei Lima Do UOL, em São Paulo
Juca Varella/Folha Imagem

Um cara que viveu de tudo

Para quem não tinha nada, morou num barraco com seis pessoas dentro, não tinha dinheiro para pagar condução e comia paçoca antes de ir para escola porque não tinha dinheiro para comer, é muito fácil se adaptar a qualquer tipo de situação. Muito muito fácil. A vida me ensinou isso”.

Cafu se acha uma pessoa comum. Acha que é normal ter vivido tudo o que viveu. De não ter o que comer na infância ou ver amigos que se perderam no tráfico de drogas, passando pelo preconceito sofrido por causa da cor da pele na periferia de São Paulo ou na Itália, até ver o amigo Ronaldo tendo uma convulsão horas antes de uma final de Copa do Mundo.

Não, Cafu, nada disso é normal. O caráter, o talento e a força mental para fazer o melhor apesar de todos esses obstáculos não são coisas de uma pessoa normal. É por isso que uma entrevista com o capitão do penta é tão rica. O UOL Esporte falou com ele sobre polêmicas e a carreira tão rica que o fez jogar três finais de Copa do Mundo, conquistar cinco mundiais de clubes, uma Liga dos Campeões, duas Libertadores e cinco títulos nacionais. Confira.

Cafu e a sua vida (nada) normal

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Geral da polícia

Cafu teve uma infância muito pobre no Jardim Irene. E, todos sabem, vida em bairro pobre não é fácil. As coisas começaram a mudar quando foi aprovado pelo São Paulo em uma peneira, mas o mundo ainda o via com preconceitos. Foi assim com o primeiro carro zero km: era rotina ser parado pela polícia em batidas e ter de explicar o que aquele moleque fazia com um carrão na periferia.

Isso acontece no dia-a-dia nas periferias e na vida de todo mundo. Até hoje, quando a polícia não sabe quem é, param e acabam dando geral. Imagina um menino com o carro novo indo para o Jardim Irene todo dia... Claro que chama atenção. Enquanto os policiais não sabiam que o carro era meu, era normal dar geral e revistar, achando que tinha alguma coisa de errado. Mas era o trabalho deles. Eu ria sempre que era parado. Batia papo e até ficava engraçado depois… No final, acabei ficando amigo dos guardas. Quando eles passavam na rua eu gritava: ‘Sou eu viu? Não esquenta a cabeça não’.”

Gary M.Prior/Getty Images Gary M.Prior/Getty Images

Racismo na Itália

Eram meados de 2000 e no meio de uma goleada da Roma sobre o Verona por 4 a 1, Cafu ouviu insultos racistas da torcida rival.  Pouco depois, após a eliminação na Copa da Itália, ele e o também brasileiro Assunção foram atacados por torcedores racistas no CT. Hoje, Cafu prefere se afastar o do assunto.

Você foi vítima de racismo na Itália?

“Eu não sofri. Mas a gente fala muito… Falar da grama dos outros é melhor do que falar da nossa própria grama, porque no Brasil… Tem racismo no Brasil. Por que vamos falar da Itália, então? Não podemos falar do país dos outros se não conseguimos resolver o nosso. Isso é falta de cultura”.

Arquivo Folha Arquivo Folha

A convulsão do Ronaldo

Cafu presenciou um dos momentos mais marcantes da história do futebol brasileiro. Ele viu Ronaldo ter uma convulsão momentos antes de entrar em campo para disputar a final da Copa do Mundo de 1998 contra a França. Para ele, o episódio não foi tão marcante.

“Eu pensei na hora… Perder o Ronaldo em plena final de Copa do Mundo. Poxa, nós vamos perder a nossa maior estrela... Mas eu vejo as coisas assim: aconteceu, aconteceu, vou fazer o quê? Para mim é tudo muito natural. Ele passou mal, teve uma convulsão, mas eu já vi gente morrer na minha frente”.

FABRICE COFFRINI/AFP FABRICE COFFRINI/AFP

Amizade com Blatter e Del Nero

Cafu se é do tipo que se dá bem com todo mundo. Incluindo com gente controversa. O ex-presidente da Fifa Joseph Blatter e o presidente da CBF Marco Polo Del Nero, acusados de corrupção, são seus amigos. E ele não vê qualquer problema na amizade.

“Blatter é meu amigo. Como o Marco Polo é meu amigo. Mas penso assim: se o Marco Polo errou, tem que pagar pelo erro dele. Não sou eu que vou fazer com que ele pague pelos erros que possa ter cometido. A nossa Justiça é muito boa e está aqui para isso. O Marco Polo jamais vai deixar de ser meu amigo, mesmo com problema com a Justiça. Não sou eu que vou resolver os problemas de corrupção do futebol. O que a gente pleiteia é um mundo melhor”.

Alexandre Schneider/UOL

Histórias INcomuns

Cafu viciado?

Allsport UK /Allsport Allsport UK /Allsport

Pedido de prisão por uma vogal

Foi na Itália que Cafu virou o lateral consagrado mundialmente. Mas também foi lá que ele viveu um dos maiores perrengues da carreira: foi acusado de apresentar documentos falsos para obter dupla cidadania e jogar como comunitário na temporada 98/99, quando ainda era jogador da Roma. A promotoria pública italiana chegou a solicitar uma pena de nove a dez meses de prisão. Cafu diz que uma vogal causou o mal entendido.

Fiquei cinco horas na frente do juiz explicando o porquê de Moraes e não Morais. Meu advogado fez a defesa dizendo que aqui no Brasil eles trocam muito. Eles me chamam Marcos Evangelista de Moraes, mas alguns colocam Marcos Evangelista de Morais. O meu é Morais. Quando chegou a notificação do juiz, chegou como Marcos Evangelista de Moraes. O advogado, na frente do promotor que falou que o meu estava errado, falou: ‘Olha, vocês trocaram o nome do meu cliente para Moraes e o nome dele se escreve Morais’. Então, o erro pode acontecer em qualquer lugar. Acabou”.

Cafu foi absolvido e o processo acabou arquivado. Hoje, ele tem a cidadania italiana por causa da esposa, Regina.

Damir Sagolj/Reuters Damir Sagolj/Reuters

Expulso do vestiário no 7 a 1

Uma das histórias mais incomuns de Cafu aconteceu na Copa do Mundo de 2014. Após a derrota por 7 a 1 para a Alemanha, o técnico Luiz Felipe Scolari convocou seu antigo capitão para falar com o elenco abalado. Mas o capitão do penta foi expulso do vestiário por ordem de José Maria Marin, então presidente da CBF:

Eu estava no vestiário e, para a minha surpresa, o segurança falou que eu tinha de sair.

- Nossa, mas por que? - perguntou Cafu.

- O José Maria Marin, presidente da CBF, falou que não quer ninguém estranho dentro do vestiário - respondeu o segurança.

Até olhei para trás na hora:

- Sou eu [o estranho]???

- Ele falou que não quer ninguém estranho no vestiário – disse o segurança.

- Mas fala para ele que sou eu que estou entrando no vestiário. Não tem mais ninguém, estou sozinho.

- Não, Cafu, você não entendeu. Ele não quer ninguém dentro do vestiário.

- Ele não quer que eu esteja dentro do vestiário? É isso? Se você falar o português claro, eu vou entender - tentou o pentacampeão.

- É, ele pediu para você sair do vestiário - falou, enfático, o empregado da CBF.

- Não, eu falei com o Felipão e o Felipão que pediu para falar com os meninos.

- Não, ele falou que você tem que sair. E tem que sair agora.

Aí eu peguei e saí do vestiário. Falei com três ou quatro que estavam lá, voltei na sala de comissão técnica. O Marin estava lá. Cumprimentei todo mundo, um por um, dei tchau e fui embora.

Sabe, eu fiquei chateado. É normal ter ficado chateado, porque não era por mim, era pelos meninos. Eu sabia que todo mundo ia cair de pau. Copa do Mundo no Brasil, perdendo da maneira que perdeu? Eu só fui dar um abraço. Eu não entro em vestiário de ninguém para pedir chuteira, camisa, tênis, medalha, nada...

Cafu

Cafu, sobre a expulsão do vestiário no 7 a 1 para a Alemanha, na Copa de 2014

Arquivo Folhapress Arquivo Folhapress

"Compra casa, bloco, tijolo"

O primeiro capítulo dessa carreira vitoriosa veio no São Paulo. E no Morumbi, a maior influência foi Telê Santana. Um adorava dar treinos. Outro, adorava treinar. Juntaram a fome com a vontade de comer. Mas os ensinamentos mais preciosos do mestre eram fora de campo.

“Ele falava: ‘Não pensa que quando falta em treino, quando não treina ou não corre, que vocês estão me enganando, porque estão enganando vocês mesmos. O verdadeiro malandro é aquele que age direito, treina, concentra, trabalha. Vocês vão ver que, no futuro, serão recompensados’.  Ele vivia falando com os meninos que chegavam com três, quatro carros novos: ‘Gente, compra casa, terreno, bloco, tijolo’. Eu segui os conselhos. Se você pedir dinheiro, vou falar que não tenho. Mas se você pedir bloco e tijolo, eu tenho bastante”.

Cafu seguiu à risca os conselhos do técnico. Entendeu que só com treinamento se chega à perfeição e adotou o lema preferido do mestre: repetir, repetir e repetir. Mas admite: Telê era chato.

O Telê era chato. Chato pra caraca, para não falar outra coisa. Ele era muito chato. Mas ele era chato com quem ele gostava. Ele era chato com quem ele sabia que tinha potencial. Era chato, pegava no pé dos meninos, porque sabia que os meninos tinham algo a mais para dar. E eu vivia falando para os meninos: "Se o professor Telê está pegando no pé de vocês, dê graças a Deus. É porque ele acha que vocês têm alguma coisa boa. Se não, já tinha espirrado vocês do São Paulo"

sobre a relação com o mestre

Antonio Gaudério/Folha Imagem Antonio Gaudério/Folha Imagem

Balão no São Paulo. Jogou no Palmeiras

Em 1994, o Sâo Paulo vendeu Cafu para o Zaragoza, da Espanha. E existia uma cláusula que o impedia de ser negociado com outro clube paulista, o Palmeiras. Mesmo assim, poucos meses depois o lateral estava vestindo a camisa rival. Como?

“Eu mostrei meu contrato. Estava escrito especificamente Palmeiras [como veto]. Aí falaram: ‘Mas é inclusive o Palmeiras que está querendo você’. E eu disse que não poderia voltar para o Palmeiras. Então eles disseram que poderia jogar no Juventude’. E eu respondi: ‘Mas vou fazer o que no Juventude? Não entendi’. A ideia era voltar para o Juventude e depois ir para o Palmeiras. ‘Existe essa possibilidade’. Eu falei: ‘Bom, se estiver dentro da lei…’”.

Anos depois, a Justiça determinou que o Palmeiras pagasse multa de US$ 1 milhão para o São Paulo. “No começo o pessoal do São Paulo ficou meio desconfiado, mas depois o respeito foi enorme. Fiquei no São Paulo oito anos. Eu ganhei tudo. Sempre respeitei e honrei a camisa do São Paulo. Hoje, tenho portas abertas no São Paulo e no Palmeiras. Isso é o mais importante”.

Chapéu em Nedved virou meme e lance histórico na Itália

Simon Bruty/Getty Images Simon Bruty/Getty Images

Final de 1994: Já estava até aquecido

Cafu demorou a ter uma chance em um time grande. Mas, depois, a ascensão foi meteórica. Em cinco anos, estava na seleção brasileira disputando a Copa do Mundo. Era reserva de Jorginho no Mundial de 1994, mas assumiu a bucha de entrar na final contra a Itália.

“Eu entrei em alguns jogos, mas o titular era o Jorginho. Absoluto. Sempre que dava uma brechinha, o Parreira me colocava, né? E na final o Jorginho teve um problema com dez minutos de jogo. Colocou a mão na coxa e falou que não dava mais. O Parreira virou para o banco e falou: ‘Tá pronto?’. Eu falei: ‘Já estou até aquecido. Na hora que precisar eu já posso entrar’. De tão preparado que eu estava”.

Como foi entrar em um jogo tão importante?

Ah, dá um friozinho no começo né... Quando ele falou que eu ia jogar, que ia entrar na final, para mim foi tudo. O começo, o primeiro toque, a primeira bola, toda aquela gente? Aí, depois do primeiro toque você vai com a maior naturalidade do mundo

sobre a final de 1994

Capitão mandava no grupo e controlava até as saídas dos colegas

Copa de 2002 e o medo de cair do púlpito

Tudo foi espontâneo. Nada, nada, nada, nada premeditado. "100% Jardim Irene", "Regina, eu te amo". Tudo foi na hora, eu não tinha a mínima ideia do que faria. Quando subi naquele púlpito do jeito que subi, não tinha a mínima ideia do que estava acontecendo. Mas eu podia me arrebentar. Aquilo lá era vidro e eu estava com chuteira de trava. Eu ia me arrebentar. A taça era de ouro. Se quebra, arriscava até pegar um pedacinho para mim…

Reuters Reuters

Copa de 2006: "Não era ambiente para ganhar"

Cafu já tinha chegado a três finais de Copa do Mundo com dois títulos em 94 e 2002 quando chegou a Alemanha para seu Mundial de despedida em 2006. A seleção estrelada era a grande favorita, mas...

Mudou tudo. O foco não era o mesmo, o objetivo praticamente não era igual, a preparação foi aquela bagunça que todo mundo viu, mas não era culpa nossa. Dentro de campo, dava para ver que os meninos que não tinham a mesma pegada de 2002. Não tinha um querendo ajudar o outro. Um queria ser mais do que o outro. Não era um ambiente para ganhar

sobre as diferenças entre o grupo de 2002 e 2006

Estavam mais preocupados com individualismo do que com o próprio grupo, acho que foi isso. E Copa do Mundo, se não tiver grupo, não vence. Não adianta. Você percebia nos treinos e no vestiário. Eu percebo muito as coisas. Olho os atletas e sei quando um está doente, quando um está com problema. Quando está focado ou não. Então eu percebia que lá não tinha jeito

sobre a falta de foco do elenco

HECTOR RETAMAL/AFP HECTOR RETAMAL/AFP

Dunga injustiçado

"Eu sempre fui contra a saída do Dunga. Sempre falei: 'Deixa ele trabalhar, ele já tem uma programação'. O time começou a entrosar e tiraram o Dunga. Não é justo. Não que não tenha que vir o Tite. Mas eu acho uma falta de respeito com qualquer treinador. Se fosse o Tite no lugar do Dunga eu ia falar a mesma coisa: 'É uma falta de respeito com o Tite porque não deixaram ele concluir a programação dele, o cronograma dele'. É uma falta de respeito."

Julia Chequer/Folhapress Julia Chequer/Folhapress

Bronca em Luxa

"O Vanderlei é bom, se ele treinar. Viu, Luxa? Você é bom dentro do campo, agindo como treinador. Foi um dos melhores treinadores que nós tivemos. Treinando o aspirante, treinando os reservas, treinando os times titulares, focando naquilo que ele sabe fazer, que é treinar. Eu falei antes: fui melhor no que eu sabia fazer, que era ser lateral direito. Então, o treinador tem que ser melhor naquilo que ele sabe fazer, que é treinar os atletas."

A dor de ser reprovado em 8 peneiras e a força para continuar

Eu sou um cara que não guardo mágoa de ninguém. Para mim, o que aconteceu, aconteceu, passou.. Bom dia, boa tarde, boa noite. Mas um deles teve a cara de pau de falar que tinha me dispensado para o meu bem. Eu, gentilmente, falei muito obrigado e fui embora. Sem xingar, sem gritar, sem mágoa, sem nada. A pessoa que falou isso sabe. Espero que ele possa ser feliz aí. Como eu sou feliz e como eu cresci até hoje sendo atleta profissional

Sobre os inúmeros nãos em peneiras

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8 pessoas num cômodo

A infância de Cafu foi parecida com a de milhares que tentam a vida no futebol.  Enfrentou a pobreza no Jardim Irene e chegou a morar com os cinco irmãos e os pais em um único cômodo. 

“No começo, quando meu pai mudou para São Paulo, a gente morava os oito praticamente dentro de um único cômodo. Eram as condições que meu pai tinha para dar para todos nós. Aí, com o tempo, trabalhando na prefeitura, foi melhorando um pouquinho. Ele foi construindo. Mas, no início, nós moramos em seis, em oito dentro de um único cômodo”.

Cafu tinha dificuldades até para treinar. “Eu não tinha condições de pegar ônibus e ir treinar. Tinha que descer pela porta de trás do ônibus, pular catraca, conversar com o cobrador”, conta.

O papel de é nunca deixar o filho desistir, nunca deixar o filho desanimar. O meu maior incentivador foi o meu pai. Toda a vez que eu chegava em casa de cabeça baixa, era ele que falava: 'Filho, levanta a cabeça, são barreiras que estão colocando na sua vida e que só você pode superar. A gente pode te ajudar, te dar todo o suporte, mas quem joga é você! Só você pode superar isso'. Eles nunca deixaram eu desistir. Tanto meu pai, quanto meus irmãos, minha mãe... Sempre apoiaram as decisões, quando eu chegava em casa e falava que não tinha passado numa peneira

Sobre a importância da família

Amigos e as drogas

Além das dificuldades financeiras, Cafu enfrentou problemas mais graves. Viu amigos que se perderam nas drogas e no alcoolismo. “Convivi com isso… Sou nascido e criado no meio disso. Não tinha como fugir disso, era nossa realidade e o nosso dia-a-dia. E hoje é realidade de outras pessoas que não tiveram as oportunidades que eu tive. Isso é normal. Não tem como fugir. Então, eu tinha dois caminhos: o caminho do bem e o caminho do mal. E eu segui o caminho do bem. As pessoas do caminho do mal ainda me ajudavam, porque sabiam que meu caminho era o certo e não o caminho errado”.

Folha Imagem Folha Imagem

Guinchos do Cafu

Cafu foi um dos atletas mais vitoriosos da história do futebol, mas demorou a ter uma chance na carreira. Enquanto tentava a sorte nas nove peneiras que enfrentou, precisou achar alternativas para se sustentar.

Fazia bicos numa loja que tinha perto da nossa casa. Tinha uma serralheria, também, e fazia uns biquinhos aos finais de semana. Caso não fosse um jogador, pelo menos sabia fazer alguma coisa. Eu sempre me interessei por serralheria. Gosto dessas coisas de inovação, fazer portão, porta, essas coisas… Era bacana”.

Quando ficou famoso, criou uma empresa com um objetivo um pouco diferente: rebocar carros: “Eu montei uma empresa de guinchos, que se chamava Cafu Guinchos. Mas já era atleta profissional, já era conhecido”.

"Regina, eu te amo"

Como foi a conquista? Ela não aguentou um sorrisinho. Eu piscava o olho, pá... Pé de valsa, né? Já era. A gente dava risada porque ela morava praticamente na beira da escola. Então, toda a vez que eu passava na escola, ela estava lá. Aí uma troca de olhar, uma festinha... Aí a gente acabou se conhecendo, ficou um pouquinho e depois acabou namorando"

sobre como conquistou a mulher com quem é casado há 20 anos

No começo, ela tinha ciúmes. Eu falei: 'Para ninguém pedir autógrafo, abraçar ou beijar eu tenho de ficar dentro de casa. E em casa eu não fico. Você me conhece.' Com o tempo, as crianças foram crescendo, ela acabou se acostumando. Querendo ou não, o fã vai chegar perto, vai tirar uma foto, vai dar um beijo. Tem aquelas mais assanhadas..."

sobre a vida com Regina, que teve de se acostumar com a fama do maridão

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