Da mãe, dona Ivete, Amanda diz ter herdado uma de suas principais características como lutadora e como mulher: a garra. Ivete criou Amanda e as irmãs sozinha na pequena cidade de Pojuca, na Bahia, e nunca a deixou trabalhar para ajudar nas despesas da casa. O esporte e o estudo eram prioridades.
“Minha mãe foi uma mulher guerreira. Não faltava nada em casa, na escola tinha tudo o que era necessário para estudar para educação. Tudo realmente que eu queria ela dava um jeito de conseguir, de me dar de presente... Fui feliz. Isso que é o mais importante, ela conseguiu me fazer feliz. Eu e minhas irmãs. Uma coisa que me admira bastante, a garra que ela teve para criar a gente”, comentou.
Dona Ivete era assistente de administração em uma escola, vendia cachorro quente, doces na casa da família e produtos de beleza. “Ela se virava nos 30 para manter a casa. Minhas duas irmãs começaram a trabalhar cedo para ajudar em casa e quando elas saiam, minha mãe falava: ‘não vai, não precisa. Pode deixar comigo, tem dinheiro aqui para a gente sobreviver e o que precisar’. Mas minhas irmãs queriam ajudar. Eu era muito pequenininha e elas ajudaram a minha mãe a me criar”.