Empresa de um homem só
São Paulo, final de 2015. O estafe de um importante jogador brasileiro que atua na Europa discute numa reunião estratégias para impulsionar o atleta nas mídias sociais. No debate, o comportamento de David Luiz era tratado como um paradigma de comportamento para este outro esportista em questão. Ou seja, o estilo espontâneo na web do então zagueiro do PSG passou a valer dinheiro e consumir tempo de gente que trabalha com promoção de imagem.
"O que a gente identifica da personalidade dele na web é que ele é muito humano. O seguidor geralmente requer um conteúdo personalizado. Vejo que no perfil dele que sempre aparecem os jogadores", afirma Fabro Steibel, professor de inovação e tecnologia da ESPM e diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio. "O seguidor sente como se estivesse lá com ele, como pessoas próximas. Mas na verdade existem outras 15 milhões de pessoas junto", acrescenta.
Apesar do êxito, David Luiz é na internet "uma empresa de um homem só". O zagueiro tem controle sobre todas as publicações e conta apenas com um colaborador que o ajuda com edição de vídeos curtos e com artes especiais para divulgar os jogos do Chelsea.
O cálculo do estafe de David Luiz é que cada publicação no Instagram atinja de 400 a 700 mil visualizações (até meados de 2015, era de 100 a 200 mil). No entanto, o brasileiro manifestou através de sua assessoria que seu foco não são os números, mas sim "a qualidade do conteúdo que é transmitido aos fãs e seguidores". Com intenso crescimento de atenção desde que voltou ao Chelsea, em 2016, o atleta tem priorizado a temática do futebol.