Dedé e Lucas Silva são o espelho da perseverança no Cruzeiro. De 2014 pra cá, o zagueiro sofreu três lesões graves no joelho que o tiraram de combate por praticamente três temporadas. Nem por isso deixou a autoestima de lado. Rei dos apelidos na Toca, é também um dos líderes nos momentos de descontração.
No início deste ano, voltou aos gramados para uma volta por cima impressionante. Ainda no primeiro semestre, assumiu a titularidade para não sair mais do time, tornando-se referência de quem não desiste nas horas mais complicadas. Foi convocado por Tite e, antes da semifinal contra o Palmeiras, jogou amistoso nos Estados Unidos pela seleção. Em menos de 24 horas, retornou ao Brasil e entrou em campo novamente para defender o Cruzeiro.
Já o volante viveu o auge da carreira entre 2013 e 2014. Bicampeão brasileiro, foi vendido ao Real Madrid, mas jamais se firmou no Santiago Bernabéu. Emprestado ao Olympique de Marselha, teve problemas com o técnico e voltou à Espanha. No ano seguinte, seria emprestado ao Sporting, de Portugal, mas foi reprovado nos exames médicos devido a um problema cardíaco. Recuperado, voltou ao Brasil em 2017 para jogar no Cruzeiro, mas não teve chance. Pelo contrário. Foi negligenciado por Mano Menezes e chegou a ser quinta opção.
Em 2018, virou titular e foi uma das peças-chave da campanha até a final. Nos dois jogos da decisão contra o Corinthians, foi preterido para entrada de Ariel Cabral, a quem Mano considera ter um passe mais qualificado. Mesmo chateado, Lucas Silva mostrou espírito de grupo e ainda teve chance de entrar na reta final do duelo que levou o time celeste ao título.