O Corinthians já foi todo-poderoso, vida, história e amor, e ouviu que nunca será abandonado pelo bando de loucos.
Em 2017, foi como se a torcida tivesse previsto o que vinha pela frente. Desde o Campeonato Paulista, quando imaginar o sucesso de Fabio Carille e companhia era tarefa difícil até para os mais otimistas, as arquibancadas pedem "sangue no olho" e "tapa na orelha", porque é o "jogo da vida" e o "Corinthians não é brincadeira". #Nuncafoifácil, é claro, e mesmo um título ganho com alguma sobra veio com sofrimento. Que o diga o alvinegro que suou com o 3 a 1 diante do Fluminense na última quarta.
Por tudo isso, a trilha sonora escolhida pela torcida não poderia ser mais perfeita para a temporada alvinegra, agora coroada com o Campeonato Brasileiro. No ritmo das arquibancadas, o Corinthians é o maior vencedor da era dos pontos corridos e chega ao seu terceiro título só nesta década. O time que só falava em vaga na Libertadores, foi além, muito além. Turbinado por uma campanha histórica e de recordes no primeiro turno, garantiu a taça mesmo com um período instável na segunda metade da competição.
A batuta e os ideais de Fabio Carille, o faro de gol afiado do artilheiro Jô, a entrega intensa do paraguaio Romero, a liderança discreta de Balbuena, a plenitude física e técnica do selecionável Cássio e a juventude ousada de Guilherme Arana. Todos juntos, no ritmo da torcida. Com a qualidade que se espera de um campeão, é claro, mas sobretudo com organização, garra e atitude. Com sangue no olho e tapa na orelha...