Pula a fogueira!

No fim de semana de São João, Corinthians, Flamengo e Palmeiras dão saltos importantes na tabela do Brasileiro

Bruno Doro Do UOL, em São Paulo
Jeferson Guareze/AGIF
Ale Cabral/AGIF Ale Cabral/AGIF

Efeito São João

O Brasil comemorou o São João no sábado. No domingo, três grandes torcidas do futebol verde-amarelo fizeram a sua própria festa junina. Corinthians, Flamengo e Palmeiras pularam as fogueiras que apareceram pela frente e deram grandes saltos na classificação do Brasileirão.

O mais simbólico foi o salto do Corinthians: ao vencer o Grêmio por 1 a 0, com 54 mil pessoas torcendo contra, não apenas manteve a ponta, mas abriu quatro pontos na liderança. Usando a metáfora da fogueira, as chamas que os corintianos pularam eram altas. O Grêmio era vice-líder e não tinha ainda levado gols no Brasileirão.

Flamengo e Palmeiras pularam, literalmente, seus rivais na classificação. Cada um avançou seis posições na tabela. A vitória do Fla veio em um 1 a 0 complicado contra o Bahia, pulando do nono para o terceiro lugar. Mas os torcedores ficaram felizes, mesmo, é com a estreia de Everton Ribeiro, que começou jogando no meio-campo rubro-negro.

O Palmeiras deu um pulo similar: começou a rodada em décimo e, após os 2 a 1 sobre a Ponte Preta, chegou a ocupar o terceiro lugar. Foi superado pelo Fla, que jogou depois, mas não pense que as seis posições conquistadas são um feito menor: o time de Cuca não vencia a Ponte Preta fora de casa há quatro anos. E, contando apenas os jogos do Brasileiro, o jejum era ainda maior: desde 2005.

*O Botafogo fecha a 10ª rodada na segunda-feira e passa Flamengo e Palmeiras se vencer o Avaí

Bumerangue: o fabuloso chapéu de Luís Fabiano

Jeferson Guareze/AGIF Jeferson Guareze/AGIF

Quem pode parar o Corinthians?

O Grêmio tinha Luan, considerado o melhor jogador do Brasileirão, e estava invicto em seu estádio. Mas o líder venceu, manteve a liderança e ainda abriu quatro pontos na liderança. Depois da rodada de domingo, muita gente se pergunta: Quem pode parar o Corinthians?

Não é uma resposta fácil. O rendimento do time de Fábio Carille ainda não é o melhor da história. Mas está perto. O Corinthians de 2011, aquele time de Tite que foi campeão nacional, somava dois pontos a mais do que a equipe atual após dez jogos. Mas perdeu seu 11º confronto. Então, se o Corinthians vencer o Botafogo, no próximo domingo, pronto: é o melhor time da história dos pontos corridos após 11 jogos.

Mas isso, é claro, não responde à pergunta. Nas próximas três rodadas, o Corinthians joga duas vezes em casa (Bota e Ponte). O terceiro jogo é clássico, contra o Palmeiras, no Allianz Parque. Outra final antecipada? Difícil, já que o Palmeiras, apesar da ascensão na tabela, ainda está a distantes dez pontos. O mesmo vale para o Flamengo, terceiro, que só encontra o Corinthians na 17ª rodada. E em Itaquera.

Opinião dos blogueiros

A única bola chutada ao gol pelo Corinthians aumentava sua vantagem sobre o rival, para quatro pontos. Bem ao estilo do líder inconteste do Brasileirão
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Juca Kfouri

Juca Kfouri

O Corinthians não perde. E times que não perdem, adivinhem só, ganham campeonatos. Se o Corinthians não perdeu do Grêmio, com 50 mil empurrando, vai perder de quem?
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Júlio Gomes

Júlio Gomes

Equipe muito bem armada. Com 11 Romeros se ajudando. E 11 Jô finalizando. E milhões de fiéis cada vez mais acreditando num time do Car? com uma vitória de cam...
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Mauro Beting

Mauro Beting

Opinião dos comentaristas

O Atlético-MG ganhou fora. Palmeiras ganhou da Ponte. Flamengo ganhou do Bahia. As coisas estão caminhando para o lugar comum, com gigantes na ponta da tabela. Agora, é inexplicável essa campanha do Corinthians, com jogadores desconhecidos, como o Paulo Roberto, que fazem partidas espetaculares, como a de hoje

Edmundo

Edmundo, da Fox Sports

Não tem mais aquele papo de 'o campeonato é longo, já, já se equilibra'. Já tem dez pontos de diferença para o terceiro. Os outros 19 times vão ter que correr atrás para querer alguma coisa. Campeonato longo? Vai ter que fazer um esforço danado para suprir dez pontos de diferença

Casagrande

Casagrande, da TV Globo

Antes de pensar em alguém para desafiar a liderança corintiana, é melhor olhar para a tabela: com apenas cinco pontos entre o Vasco, primeiro time na zona de classificação da Libertadores, e o Bahia, que seria hoje o primeiro rebaixado, bastam duas rodadas para um time provar extremos.

LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C. LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.

Relação conturbada

O torcedor está chateado e xinga no portão, mas eu também estou xingando por dentro. Não vou me entregar, não vou jogar a toalha

Rogério Ceni

Rogério Ceni, sobre o protesto da torcida do São Paulo

Essa torcida sempre nos critica. A gente fica triste porque não foi um resultado bom, mas a gente batalhou. Vida que segue

Rodrigo Caio

Rodrigo Caio, sobre as vaias após o empate com o Fluminense

O São Paulo jogou menos do que nas derrotas contra os Atléticos. Mas desta vez fez o ponto que não conseguiu antes. Merece a análise criteriosa do desempenho e do resultado. Tem atuado melhor. Mas não tem sido suficiente. Não fosse Rogério o treinador, já seria ainda mais questionado. No mínimo
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Mauro Beting

Mauro Beting

O São Paulo não reage. Já são cinco partidas sem vencer. Muda esquema, entra e sai jogador e o time continua igual. Não joga um futebol pavoroso, mas não vence. Nos últimos jogos, terminou sufocando o rival, com troca de passes, mas nada de finalização de Pratto. A bola não chega ao melhor jogador
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Menon

Menon

Ale Cabral/AGIF Ale Cabral/AGIF

Foram bem

  • Cássio (Corinthians)

    O goleiro garantiu a importante vitória corintiana: primeiro, defendeu uma finalização de Luan dentro da pequena área. Depois, pegou o pênalti (também cobrado pelo camisa 7 rival).

  • Guerra (Palmeiras)

    O meia já vinha jogando bem, mas contra a Ponte Preta marcou duas vezes e mostrou porque muita gente já fala no venezuelano como o melhor meia do futebol brasileiro da atualidade.

    Imagem: Ale Cabral/AGIF
  • Renan Ribeiro (São Paulo)

    O São Paulo empatou em casa, mas o resultado poderia ter sido ainda pior. No primeiro tempo, por exemplo, ele fez três defesas difíceis no mesmo lance, em finalizações de Dourado e Calazans.

    Imagem: Marcello Fim/Estadão Conteúdo

Foram mal

  • Grohe (Grêmio)

    Não que o arqueiro tenha ido tão mal. Mas enquanto Cássio pegou as duas bolas que decidiram o jogo, ele deixou a finalização de Jadson passar pelo meio de suas pernas no lance do gol corintiano.

    Imagem: MARCIO CUNHA/ESTADÃO CONTEÚDO
  • Cueva (São Paulo)

    É o reflexo da má fase do time. Contra o Fluminense, errou muitos passes e não conseguiu criar nada para o time. Pouco para o jogador que deveria ser o mais criativo em campo para o tricolor.

    Imagem: Guilherme Dionízio/Photopress/Estadão Conteúdo
  • Noguera (Santos)

    Com uma série de zagueiros fora de ação, o Santos teve de usar o argentino Fabian Noguera na zaga. Não funcionou: o beque bobeou em um cruzamento e deu o gol da vitória para o rival Oswaldo.

    Imagem: Ivan Storti/Santos FC
LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

Frases da rodada

Experiência x Juventude

Toda hora tem um tabu, né? É impressionante. Parece que nosso time não vence há 20 anos

Fernando Prass

Fernando Prass, sobre o Palmeiras não vencer a Ponte desde 2013

Tenho que agradecer à minha mãe, à minha 'coroa': devo tudo a ela

Gabriel Furtado

Gabriel Furtado, jogador de 17 anos do Palmeiras, em sua estreia no profissional

Eles trabalham com cinco pessoas, com tanta informação, como eles erram desse jeito?

Gilson Kleina

Gilson Kleina, técnico da Ponte, questionando a expulsão de Rodrigo, um cartão para Lucca, um lance com Sheik...

Erros e acertos

Acho, sinceramente, que me precipitei. Ele ainda não está 100%. Falta o ritmo. Temos jogo-treino marcado justamente para isso

Abel Braga

Abel Braga, admitindo que errou ao colocar Wellington Silva em campo contra o São Paulo

A bola passou no meio das pernas, mas o chute foi quase cara a cara. Para falar a verdade, não acredito que tenha sido falha dele

Renato Gaúcho

Renato Gaúcho, sobre o lance do gol do Corinthians, em que Marcelo Grohe, falhou

Renascimento? Eu não morri, p?

Vanderlei Luxemburgo

Vanderlei Luxemburgo, questionado sobre a melhora no rendimento do Sport no 1 a 0 sobre o Santos

Arte/UOL

(Especial Twitter)

Reprodução Reprodução

#QuemÉoLíder?

Em um dia em que o Corinthians e Grêmio trocaram provocações por emojis, o ponto alto da rivalidade veio com o Palmeiras. Para comemorar a vitória sobre a Ponte e o salto de (naquele momento) sete posições, o time publicou uma imagem com a tabela do Brasileirão. Com um detalhe: o líder Corinthians foi "esquecido" e a classificação começava no segundo lugar...

Jeferson Guareze/AGIF Jeferson Guareze/AGIF

#PauloRoberto

Falando em Twitter, o volante Paulo Roberto entrou no time do Corinthians com a suspensão de Gabriel e fez sucesso: quase marcou o seu e participou da jogada do gol de Jadson no 1 a 0 sobre o Grêmio. O resultado? O novo xodó da torcida do Corinthians ficou entre os tópicos mais falados da rede social. Durante o jogo, o termo "Paulo Roberto" estava na 3ª posição dos TTs mundiais.

#FunkdaGandula

Assistiu ao vídeo aí em cima? A gandula de Vasco 1 x 0 Atlético-GO fez sucesso com o tombo que levou ao acompanhar uma jogada na lateral – é claro que a narração de Daniel Pereira (“Rapaz, a menininha ali caiu. Ficou comovido com a queda dos jogadores e caiu também”) ajudou... A galera da internet não perdeu tempo e ela virou meme. Até o Atlético-GO entrou na dança: “A gandula mandou um freestyle funk James Brown anos 70”, escreveu a conta do time no Twitter.

#GuerreroMestreJedi

Já nesse vídeo, foi a vez de Lucas Fonseca, do Bahia, cair. O interessante é que o peruano Guerrero, que ficou bravo com ele pela voadora do início do lance, não parece ter encostado no defensor. Parece, porque, como a galera no Twitter fez questão de ressaltar, existe sempre a chance de existir um guerreiro Jedi dentro do atacante do Flamengo. E o golpe que atingiu Lucas Fonseca ter usado A Força...

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