
O Brasileirão tem um novo... vice-líder. Contra um Grêmio reserva, o Palmeiras venceu por 3 a 1 e assumiu a segunda posição, com 53 pontos. É a mesma pontuação do Santos, agora terceiro colocado, após bater o Atlético-GO. Agora, os dois aumentam a pressão sobre o Corinthians, que fecha a 30ª rodada do Brasileirão só na segunda-feira, contra o Botafogo. Lá embaixo, boas notícias para o São Paulo, que, com a vitória sobre o Flamengo, ganhou fôlego de pelo menos uma rodada fora da zona de rebaixamento.
Depois de virar reserva e ouvir vaias da torcida, Robinho deu a volta por cima: dois gols no clássico e campanha por renovação de contrato.
Imagem: André Yanckous/AGIFVoltou a ser titular no lugar de Lucas Fernandes e dominou o meio-campo do São Paulo. O 2 a 0 sobre o Fla tem muita influência do volante.
Imagem: Foto: Ale Cabral/AGIFO Palmeiras volta a pensar em desafiar o Corinthians graças a seu camisa 7, que marcou duas vezes contra o Grêmio em Porto Alegre.
Imagem: Agência PalmeirasO centroavante não vive sua melhor fase, mas no 1 a 0 contra o Atlético-GO fez o gol da vitória e apareceu bem no ataque.
Imagem: Lucas Baptista/Futura Press/Estadão ConteúdoO lateral-esquerdo viu o segundo gol do São Paulo sair nas suas costas. Além disso, teve dificuldades para segurar Cueva, sempre caindo no seu setor.
Imagem: Alexandre Loureiro/Getty ImagesContratado como uma alternativa à saída de Pedro Rocha, decepcionou na derrota para o palmeiras. No 1º tempo, por exemplo, perdeu gol feito.
Imagem: Lucas Uebel/Divulgação GrêmioReveleção não foi bem no empate com o Vasco. Além de ter problemas para marcar, ele ainda foi o responsável pelo gol contra do Vasco.
Imagem: Thiago Ribeiro/AGIFA partida do zagueiro foi um desastre. Primeiro, desviou a bola que acabou no gol do Coritiba. Depois, foi expulso por xingar o árbitro no empate.
Imagem: Carlos Gregório Júnior / Flickr do VascoSeis pontos. Ninguém questiona que a vantagem do Corinthians na liderança do Campeonato Brasileiro ainda é boa. Mas um detalhe começa a chamar atenção: a folga alvinegra na ponta, que já foi de dois dígitos, pode ser a menor ao final de uma rodada desde julho. O time de Fábio Carille não termina tão próximo de seus rivais desde a 15ª rodada, após um 0 a 0 contra o Avaí. Naquela ocasião, o Grêmio ficou a seis pontos da primeira posição.
Desta vez, porém, o cenário é outro. Primeiro, a ameaça é dupla. Com as vitórias de Palmeiras (3 a 1 no Grêmio) e Santos (1 a 0 no Atlético-GO), os dois agora têm 53 pontos, contra os 59 corintianos. Segundo, o momento do próprio Corinthians é bem diferente. Aquele time vinha de 15 vitórias em 18 jogos e estava invicto. O líder atual só venceu três vezes nos últimos dez jogos e não balança as redes há duas rodadas.
Com tudo isso, a pressão sobre o Corinthians nunca esteve tão grande. Será que o líder vai aguentar? Jogadores (e principalmente torcedores) terão um dia para se preparar para responder a essa pergunta, já que o Corinthians só fecha a 30ª rodada na noite de segunda-feira, às 20h, no Rio de Janeiro, contra o Botafogo.
O Corinthians ainda tem um jogo, a gente não sabe o que vai acontecer. O importante foi que a gente fez a nossa parte. Agora, a gente vai poder descansar e, dependendo do resultado de amanhã, entrar de vez nesta briga
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Tivemos chances com o Arroyo de fazer o gol no primeiro tempo. Mas entramos desligados e aconteceu tudo no começo do segundo tempo. Demos mole. Não foram as trocas, mas temos que seguir brigando lá em cima
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O Santos está ganhando de 1 a 0, o Palmeiras de 2 a 0 (faria 3 a 0 minutos depois), os dois estão indo para seis pontos de diferença para o Corinthians, que joga amanhã, e sabe o que ele tem que fazer? Tem que começar a jogar melhor, entrar no campeonato, porque senão a coisa vai ficar feia
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Que Palmeiras e Santos estão fazendo uma pressão em cima do Corinthians, eu não tenho dúvida. Agora, o Corinthians que coloque as barbas de molho, porque o futebol que vem apresentando... E vem o Palmeiras do Alberto Valentim, que ganha três partidas seguidas
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Com a luta pelo título do Brasileirão polarizada entre Corinthians e poucos rivais, a disputa pela permanência na elite do futebol verde-amarelo envolve um número muito maior de times e torcedores. Mas qual é o número mágico para a salvação? Segundo o site Chance de Gol, que calcula probabilidades da competição, a chave são os 47 pontos, que atualmente garantem 99,9 % de chances de salvação.
Neste domingo, alguns times deram um passo importante nessa direção. Chapecoense e Bahia, por exemplo, chegaram aos 38 pontos com as vitórias, respectivamente, de 2 a 0 sobre o Fluminense e 2 a 1 no clássico baiano contra o Vitória, precisam de três vitórias em oito jogos (ou duas vitórias e três empates, ou uma vitória e seis empates) para se salvar.
O São Paulo também tem muito o que comemorar. Com 2 a 0 sobre o Flamengo, o time de Dorival Júnior chegou aos 37 pontos. Ainda são dez para o patamar de conforto (em 24 pontos possíveis), mas pela primeira vez em muito tempo o time terá uma semana inteira sem sentir a pressão do rebaixamento: com quatro pontos de vantagem sobre o primeiro time na zona de degola, o São Paulo vai enfrentar o Santos, no próximo sábado, sem chance de voltar para uma das últimas quatro posições da tabela de classificação.
Tenho uma equipe oscilante, nunca sabemos o que pode acontecer. É natural trabalharmos preocupados e atentos a todos os detalhes possíveis. Desde que cheguei ao São Paulo, nossa equipe tem a sexta campanha do campeonato, e, mesmo assim, oscila. Temos que continuar trabalhando, insistir, temos uma equipe que está sendo formada no meio do campeonato
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A gente sabia que ia ser um jogo truncado. O forte deles é a bola aérea. Acabamos pecando, eles defenderam muito bem. Sabíamos que era uma bola forte deles, mas foi mais por desatenção nossa. Temos de continuar trabalhando, temos um jogo importante na quarta-feira. E continuar lutando no Brasileiro que nossa situação ainda é delicada
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O Bahia venceu o Vitória por 2 a 1 no clássico baiano, mas quem perdeu em campo foi o futebol brasileiro. De novo: durante uma discussão de jogo, o atacante Trellez, do Vitória, chamou o volante Renê Júnior, do Bahia, de macaco.
Não foi o primeiro caso no Brasileirão deste ano. Em agosto, torcedores do Botafogo também foram acusados de se manifestar de maneira racista em direção à família do atacante Vinícius Júnior, do Flamengo. Na época, jogadores do Bota e do Fla mostraram vergonha.
O pior é que casos como esse acontecem todo ano. O mais famoso foi o de Aranha, hoje goleiro da Ponte Preta. Em 2014, as câmeras da TV flagraram uma série de torcedores do Grêmio o chamando de macaco. No mesmo ano, o zagueiro Paulão, então no Inter, ouviu gritos de um jogador com injúrias raciais.
Em 2015, foi a vez do lateral Allano, então no Cruzeiro, que leu ofensas nas redes sociais após um jogo contra o Atlético-PR. No ano passado, a vítima foi o volante Tchê-Tchê, do Palmeiras, ofendido por um torcedor em uma partida contra o Atlético-PR.
O que aconteceu é inadmissível no mundo de hoje, no século que vivemos. Mas sou maior que isso. Não é qualquer palavra que vai me colocar para baixo. Queria que eu, meus filhos e todos os outros negros fôssemos julgados pela personalidade. Não pela cor da pele
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Não vou dar queixa. Eu sou maior que isso aí. Para mim, a maior punição vem de Deus. Tenho muito orgulho da minha raça, da minha história, de onde eu vim. Não é qualquer palavra que vai me colocar para baixo
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Quero falar sobre aquilo que aconteceu no jogo de hoje. A gente falou muitas coisas. Ele me xingou, eu xinguei. Em nenhum momento, eu quis ofender. Se ofendi ele [Renê Júnior], peço desculpas
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Ele [Renê Júnior] é brasileiro, da Bahia, e também queria falar que não chamaria ele de como se está falando. Primeiro, porque eu sou preto. Segundo, [porque] meu pai é preto, ele é rastafári. Em minha família temos muitos pretos. Eu amo ser preto
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Ele já deve ter feito uns 100 gols dessa maneira. Temos que conhecer contra quem estamos jogando
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O vascaíno que assistir ao lance aí em cima pode pensar justamente isso sobre o lance da expulsão do zagueiro Breno. Afinal de contas, o jogador, que nem mesmo cartão amarelo tinha, fez uma falta leve, no meio do campo, e foi expulso pelo árbitro Rafael Claus. O “mistério” sobre a razão que levou o juizão ao mandar Breno para o chuveiro, porém, só foi revelada na súmula: foi o zagueiro que proferiu as infames palavras aí em cima...
Ao falar sobre a vitória do São Paulo, o zagueiro Rhodolfo, do Flamengo, disse que a altura do rival fez diferença: "Nossa equipe é baixa, e a deles tem vantagem na altura. A gente tentou marcar. Tentou, mas não deu". A ironia do assunto: os dois zagueiros do Fla tinham mais de 1,90m (Réver tem 1,92m e Rhodolfo, 1,93m), enquanto Hernanes, que marcou de cabeça, não passa de 1,80m.