O intervalo do rei
O show do intervalo de 1993 teve uma explosão. Felizmente, não foi um acidente, e sim Michael Jackson simplesmente surgindo do chão para encarar, em silêncio, o público durante quase dois minutos.
Imagem: Getty Images
É o chute que começa a partida nos inícios de cada tempo, e a reinicia sempre que um time pontua. O kicker chuta a bola, a partir da linha de 35 jardas, em direção ao campo rival. O jogador adversário que recebe a bola avança até ser derrubado, sair de campo ou conquistar o touchdown.
Inicia uma jogada. O center passa a bola por debaixo das pernas para entregá-la ao quaterbarck, o mais importante jogador do time, que então pode passá-la para o jogador ao lado, lançá-la ou ele próprio partir para a corrida com a bola.
Cada equipe tem direito a até oito pedidos de tempo: três na primeira metade do jogo, três na segunda e mais paradas automáticas quando faltam dois minutos para acabar a primeira etapa e dois minutos para o término do jogo.
O treinador pode pedir um desafio (challenge), ou seja, a revisão de uma marcação da arbitragem, jogando uma bandeira vermelha no gramado antes do snap seguinte. Os árbitros reveem o lance, e o time perde um timeout se a marcação estiver correta. Os timeouts são mantidos se a contestação for válida e o treinador ganha um challenge extra se acertar os dois desafios a que tem direito por jogo.
O árbitro joga uma bandeira amarela no gramado quando marca uma penalidade ou falta em campo.
40 segundos: é o tempo máximo para o time que está no ataque colocar a bola em jogo. Se não conseguir, é obrigado a recuar cinco jardas.
Outra ação passível de marcação de falta é quando um jogador do time com a posse de bola se mexe na hora em que a equipe está para começar a jogada. Só um atleta pode estar em movimento nesse momento e paralelo à linha de scrimmage (onde começa a jogada). Se algum outro "queimar a largada", a punição é recuar cinco jardas.
O time na defesa também precisar estar atento à movimentação. Seus jogadores não podem ultrapassar a linha de scrimmage antes do início da jogada, senão a defesa da equipe é punida com recuo de cinco jardas.
Segurar e agarrar é parte do futebol americano, mas, durante uma jogada, só o jogador com a bola pode sofrer esse tipo de ação. Os demais podem apenas se empurrar. A punição é de recuo de dez jardas quando um atacante segura um defensor. No caso oposto, é de cinco jardas e primeiro down automático, ou seja, o time adversário recomeça suas quatro tentativas para completar as dez jardas. No caso, as cinco jardas que ganhou equivalem ao primeiro down que ele teria.
O defensor precisa esperar a bola chegar ao atacante para tentar deslocá-lo. Se o fizer antes da recepção do passe, a equipe adversária ganha primeiro down automático e a bola é posicionada onde aconteceu a falta.
Atitudes contra a integridade física de um jogador são punidas com recuo de 15 jardas e primeiro down automático. Entre elas está usar o capacete contra cabeça ou joelho do adversário, segurá-lo pela máscara e aplicar um tackle (derrubá-lo) fora do campo.
O quarterback não pode se livrar da bola só porque está prestes a ser derrubado. Fazê-lo configura falta, com dez jardas de recuo e perda de um down como punição. Porém, a arbitragem só marca o lance se o quarterback estiver na área de proteção dos bloqueadores (chamada pocket) ou se atirar a bola aonde não há jogadores de seu time.
No futebol americano, um jogador só é expulso da partida se cometer duas faltas por conduta antiesportiva. Seu time não fica com um jogador a menos caso isso ocorra, mas o atleta expulso não pode voltar a campo.
O atual campeão da liga, Philadelphia Eagles, jamais havia vencido um Super Bowl. E o conquistou em cima do time sensação das últimas temporadas, o New England Patriots, do astro Tom Brady. É a prova de como a NFL pode ser competitiva e surpreendente.
O título surpreendente fará com que o Philadelphia Eagles naturalmente chame mais atenção nesta temporada. Seu técnico, Doug Pederson, é considerado um dos melhores da atualidade, o elenco está reforçado e há quem diga que este é o melhor grupo de jogadores da história da equipe. Será suficiente para repetir o feito?
Como a maior estrela recente da NFL vai se comportar nesta temporada? Após muita especulação sobre sua aposentadoria, Tom Brady renegociou seu contrato para até o final da temporada. O quarterback, marido da supermodelo brasileira Gisele Bündchen, já tem 41 anos. Conseguirá chegar novamente ao Super Bowl, e vencê-lo?
Além de Tom Brady, entraram para a lista de premiados como melhores da temporada passada Todd Gurley (running back do Los Angeles Rams), Aaron Donald (defensive tackle do Los Angeles Rams), Alvin Kamara (running back do New Orleans Saints) e Marshon Lattimore (cornerback do New Orleans Saints).
Se a NFL nunca teve pudores em usar arbitragem eletrônica, tampouco o tem para mexer em regras essenciais. O tackle, por exemplo, sofreu uma nova interferência da organização da liga para esta temporada. Agora, o jogador não pode ir de encontro ao oponente com a cabeça abaixada, usando o capacete como arma. O objetivo é tornar o esporte cada vez mais seguro, mas defensores já reclamaram muito da nova regra e até a chamaram de "idiota". Se a desrespeitarem, a punição é recuo de 15 jardas ou até expulsão.
Único jogador nascido no Brasil a atuar na NFL, o kicker Cairo Santos vem sofrendo com uma contusão na virilha e acabou dispensado pelo New York Jets. É esperar para ver se outro time dará a ele uma chance nesta temporada.
O show do intervalo de 1993 teve uma explosão. Felizmente, não foi um acidente, e sim Michael Jackson simplesmente surgindo do chão para encarar, em silêncio, o público durante quase dois minutos.
Imagem: Getty Images
Diana Ross foi a estrela do Super Bowl de 1996. Mas não bastou encantar o público com sua voz: ela deixou o campo em um helicóptero que pousou no meio do estádio.
Imagem: The Telegraph
Que tal Aerosmith, 'N Sync, Britney Spears, entre outros, no mesmo palco? Estilos tão diversos, juntos, provavelmente resultariam em problemas. Não no show de intervalo do Super Bowl, que teve todos eles se apresentando em 2001 e foi um sucesso.
Imagem: Reuters
O U2 se apresentou no Super Bowl de 2002, poucos meses após o atentado de 11 de setembro de 2001, e emocionou muita gente homenageando as vítimas do ataque ao exibir seus nomes em um telão.
Imagem: Society of Rock
Se em 2002 o clima foi solene, 2004 teve alvoroço e confusão: ao fazer um dueto com Janet Jackson, Justin Timberlake rasgou "sem querer" um pedaço da roupa da cantora. Um de seus seios ficou à mostra, e uma rede de TV que permaneceu exibindo a cena foi multada.
Imagem: AP
Já imaginou Prince tocando a clássica canção "Purple Rain" (chuva roxa) debaixo de chuva com uma guitarra...roxa? Aconteceu no Super Bowl de 2007.
Imagem: AFP
Como dividir o palco com Madonna e chamar mais atenção que ela? Pergunte à cantora M.I.A., que, em 2012, participava do show como convidada da estrela principal e mostrou o dedo do meio para as câmeras. O gesto rendeu um processo, mas ao final M.IA. e a NFL entraram em um acordo.
Imagem: Getty Images
O intervalo de 2016 também teve política. Apesar de a atração principal ser a banda Coldplay, a cantora Beyoncé se destacou cantando o hino feminista e de empoderamento "Formation".
Imagem: Getty Images