BRAsileiros nos jogos

contagiados pelo espírito olímpico

oferecido por Selo Publieditorial
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Chegou a hora

Sede da primeira edição dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos na América do Sul, o Rio de Janeiro mergulha novamente no clima olímpico entre os dias 7 e 18 de setembro de 2016, quando atletas do mundo todo participarão dos Jogos Paralímpicos. São 4.350 atletas de 178 nacionalidades competindo em 23 modalidades e atraindo os holofotes do planeta.

Mas o evento não transforma apenas a vida dos heróis competidores. Ele toma conta da Cidade Maravilhosa e contagia quem está ao seu redor - de propósito ou não. Conheça as histórias de cariocas, brasileiros de todas as partes influenciados pelo espírito olímpico.
 

 

 

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Bruno Braz/UOL

Luis Antônio

Disputou 3 edições dos Jogos Paralímpicos

O gaúcho Luís Antônio teve a honra de disputar três edições de Jogos Paralímpicos pelo Brasil: Sydney-2000, Atenas-2004 e Pequim-2008. Ele nasceu com má formação congênita nos membros do lado direito do corpo, e dedicou-se à natação. Viu boa parte da equipe brasileira que hoje disputa a Rio-2016 surgindo nas competições nacionais.

Tentou a vaga na equipe nos 50m livre, mas ficou de fora por muito pouco. Agora, tem a oportunidade de aproveitar os Jogos e reencontrar os amigos de piscina na condição de voluntário.


“De todas as edições de Jogos Paralímpicos que vi, estar aqui, com tempero brasileiro, é a mais incrível. O clima dentro da arena de natação é impagável. Estou muito feliz por participar deste momento”, disse Luís Antonio.

De todas as edições de Jogos Paralímpicos que vi, estar aqui, com tempero brasileiro, é a mais incrível"

Luis Antônio da Silva

Luis Antônio da Silva, ex atleta paralímpico

Bruno Braz/UOL

Selene Miranda

"Estou muito feliz e animada de estar aqui sentindo esta energia"

Selene deixou os estudos de lado por uma semana e foi ao Parque Paralímpico da Barra para aproveitar os Jogos-2016.

Ela estuda para ser aprovada no vestibular para jornalismo, mas conseguiu adiantar o conteúdo e ganhar uns dias para curtir o grande evento. Reuniu amigos e familiares no Rio para acompanhá-la nesta jornada.

“Juro que não esperava tanta gente para assistir aos esportes paralímpicos. Estou muito feliz e animada de estar aqui sentindo esta energia. Vai ser importante para quando voltar para Fortaleza e retomar os estudos”.

Publicado em 13/09/16

Imagem ilustrativa - campanha encerrada

Juro que não esperava tanta gente para assistir aos esportes paralímpicos. Estou muito feliz e animada de estar aqui sentindo esta energia. Vai ser importante para quando voltar para Fortaleza e retomar os estudos"

Selene Miranda

Selene Miranda, 18, estudante de jornalismo

Bruno Braz/UOL

Fernanda Santos

No Engenhão com visão privilegiada na linha de chegada

O Engenhão, que foi a casa do atletismo na Paralimpíada, teve a aprovação no quesito acessibilidade pelos cadeirantes que compareceram para torcer e acompanhar as provas. Fernanda, foi só elogios no que se refere ao acesso ao estádio e também já nas dependências do local.

"Na questão de organização e acessibilidade, eles estão de parabéns. Há rampas de acesso e tudo em boas condições para os cadeirantes", declarou.

Acompanhada de familiares, ela presenciou as provas no setor reservado aos cadeirantes, que tem uma visão privilegiada e bem próxima à linha de chegada.

"Estou adorando a Paralimpíada. Vim com a minha família e estamos curtindo bastante. A torcida também está comparecendo em peso e está dando um clima bem bacana"

Publicado em 12/09/16

Na questão de organização e acessibilidade, eles estão de parabéns. Há rampas de acesso e tudo em boas condições para os cadeirantes"

Fernanda Santos

Fernanda Santos, fã de atletismo, 46 anos

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William Truppel

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Viu de perto dobradinha brasileira no atletismo

Com a popularização do esporte paralímpico, estes superatletas vão conquistando seus fãs. É o caso do William, que compareceu ao Engenhão para ver de perto seus ídolos Yohansson Nascimento e Petrucio Ferreira. E deu sorte, já que os brasileiros fizeram dobradinha nos 100 metros na classe T47 (amputados e outros), com o primeiro conquistando o bronze e o segundo, a prata.

"Eu adoro os esportes. Qualquer tipo de esporte. Estou adorando as Paralimpíadas do Rio de Janeiro. Além do Engenhão, já estive também no Parque Olímpico. Aqui no atletismo eu sou fã do Yohansson Nascimento e do Petrucio Ferreira. Estou torcendo muito por eles"

Publicado em 12/09/16

 

Se na Olimpíada o Brasil é um coadjuvante, na Paralimpíadas somos uma das potências"

William Truppel

William Truppel, é jornalista e espera que a mídia dê cada vez mais espaço para a Paralimpíada

Lucas Baptista

Andréa Abbud

Queria que o dia durasse 50 horas

"Há mais de um ano me cadastrei no sorteio dos ingressos para a Rio 2016. Fui selecionada para o esporte que amo mais: o vôlei. Eu já tinha assistido pessoalmente as partidas da Liga Mundial, mas nunca em Jogos Olímpicos. Vi dois jogos, um de quadra e um de praia.

Confesso que, antes de vir ao Rio, estava desanimada com o evento. Todo mundo dizia que não ia dar certo, minha família pedia para eu não vir. Mas, quando cheguei, meu sentimento mudou. O clima da cidade está maravilhoso, com música para todos os lados e pessoas felizes. Somos um povo alegre. Eu queria que o dia durasse 50 horas e eu pudesse estar em dez lugares ao mesmo tempo: na praia, nos jogos e nas festas."

Publicado em 18/08/16

A Copa do Mundo foi incrível, mas os Jogos Olímpicos têm uma energia diferente, pois reúnem mais países e mais esportes. A Rio 2016 me despertou o orgulho de ser brasileira e a sensação de que a vida é muito boa. Temos de aproveitar a energia dos Jogos, pois talvez eles nunca mais aconteçam aqui.?

Andréa Abbud

Andréa Abbud, médica, fã de vôlei

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Lucas Baptista

Carla Menezes

Recusou renovação de estágio para realizar sonho: participar da Rio 2016

"Há um ano e meio me programo para vir à Rio 2016. Ganhava 500 reais como estagiária. Economizei mil reais. Minha mãe, tia e madrinha inteiraram mais mil. Com esse dinheiro, vim passar 24 dias no Rio de Janeiro, hospedada na casa de uma tia. Trabalho como voluntária no hóquei de grama. Estou praticando demais o inglês. Nem quando viajei para a Disney falei tanto! Com as economias, deu para comprar ingressos para dois eventos: a final individual feminina da ginástica artística, meu esporte do coração, e as eliminatórias de natação dos 4 x 200 metros, que tinha chance de contar com o (nadador americano) Michael Phelps, meu ídolo. Nunca pude me exercitar por causa de um problema na coluna. Acho que, por ser algo distante da minha realidade, tenho uma paixão platônica pelo esporte."

Publicado em 16/08/16

Participar da Rio 2016 era uma prioridade tão grande que recusei a oferta de renovar o estágio na empresa em que eu trabalhava. Eu precisava estar livre durante os Jogos. Minha expectativa do evento era muito alta, e mesmo assim está sendo superada. Estou realizando um sonho, parece que vivo em uma realidade paralela aqui no Rio de Janeiro.?

Carla Menezes

Carla Menezes, estudante

Lucas Baptista

Alba Gonçalves

Lucas Baptista Lucas Baptista

Desempregada há 7 meses, aceitou ser motorista nas Olimpíadas

"Estou desempregada desde janeiro. Sou formada em ciências contáveis e administração de empresas, com especialização em marketing. Sempre atuei em TI e telecom. Queria trabalhar nos Jogos em algo relacionado à minha área, mas a oportunidade que surgiu foi a de motorista de delegações. Aceitei. A troca com os passageiros é bem interessante. Conduzi pessoas da Eslováquia, Uzbequistão, Honduras e Emirados Árabes Unidos. Meus preferidos foram os da República Democrática do Congo: alegres, educados, gentis. Tenho experiência gerencial, conheço a cidade, falo um pouco de inglês, espanhol e francês. Faço mais do que conduzir passageiros. Busco hospedagem, peço pizza quando têm fome e indico atrações. O trabalho é mais legal do que eu imaginava."

Publicado em 12/08/16

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Atuo como motorista das delegações e sinto que estou contribuindo para a realização dos Jogos. Minha função é mais do que conduzir passageiros: me esforço para que se sintam quase em casa. Fiz um curso para guia turística aos 18 anos. O conhecimento que adquiri lá atrás me ajuda hoje. Sei indicar todos os pontos históricos do Rio.?

Alba Gonçalves

Alba Gonçalves, Carioca, 52 anos, desempregada, aceitou uma oferta de trabalho como motorista de delegações.

Lucas Baptista

Rovilson de Freitas

Lucas Baptista Lucas Baptista

Paulista vai dividir quarto com 5 desconhecidos no Rio de Janeiro

?Essa é a primeira vez que vou a uma edição dos Jogos Olímpicos, como voluntário e espectador. Há um ano e meio estou me preparando para esse momento. Juntei as economias e o décimo terceiro para comprar ingressos de quinze modalidades. Ainda levarei meses para terminar de pagar. Vou ver esportes que todo mundo gosta, como vôlei, natação e atletismo, e outros menos conhecidos, a exemplo de levantamento de peso, esgrima e tiro com arco. Conheci pelo Facebook um grupo de pessoas apaixonadas pelos Jogos, como eu. Um deles está hospedando a mim e mais cinco caras de outras partes do Brasil. Vamos passar duas semanas dividindo uma casa de um quarto e um banheiro. O clima dos Jogos Olímpicos é principalmente de amizade.?

Publicado em 11/08/16

Participei como voluntário da cerimônia de abertura, uma das minhas partes favoritas no evento. Era a chance de estar perto dos atletas e do público. Moro em São Paulo e vim ao Rio de Janeiro de ônibus a dezessete ensaios. Muitas vezes ia e voltava no mesmo dia. De certa forma agora também sou olímpico."

Rovilson de Freitas

Rovilson de Freitas, professor de informática, 33 anos, conheceu pelo Facebook seu anfitrião

Lucas Baptista

Edna Diniz

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Lucas Baptista Lucas Baptista

Universitária e diarista vira voluntária para participar dos jogos

"Parei de estudar na quarta série. Em 2006, aos 30 anos, retomei os estudos. Terminei o ensino médio, fiz o Enem e ganhei uma bolsa para cursar pedagogia. Moro na comunidade de Rio das Pedras, em Jacarepaguá, e pago as contas trabalhando como diarista. Os ingressos da Rio 2016 são caros para mim, mas eu queria participar da festa de alguma forma. Se pudesse, iria a algum jogo de vôlei. Me candidatei como voluntária e fui escolhida para atuar nas cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Desde criança eu assisto a esses eventos pela TV. Aquele do ursinho chorando (Moscou, 1980) foi lindo. Nunca imaginei que um dia eu faria parte de um espetáculo assim. É um privilégio receber esse evento grandioso na cidade."

Publicado em 09/08/16

O legado dos Jogos Olímpicos já é uma realidade no Rio. Sem o evento, essas melhorias não viriam tão cedo. Essa é nossa oportunidade de mostrar ao mundo que somos um povo pacífico e hospitaleiro, que, apesar de todos os problemas, somos capazes de sediar um espetáculo desse porte e que o Rio de Janeiro é uma cidade realmente maravilhosa."

Edna Diniz

Edna Diniz, diarista e estudante de pedagogia

Lucas Baptista

William Vorhees

Ex-interno da Funabem, atleta e amigo do Will Smith

"Nasci no Complexo do Alemão e sou filho único de mãe solteira. Morei na Funabem dos 4 aos 16 anos e descobri o esporte lá. Dediquei 21 anos da vida ao atletismo. Fui campeão brasileiro universitário quatro vezes pelos 400 metros com barreira, mas nunca alcancei ranking olímpico.

Um dia eu estava no Posto 9 quando o (ator americano) Matt Dillon me pediu um charuto. Ficamos amigos e o levei na Vila Mimosa, região de meretrício no Rio. Por causa dele, o (ator americano) Will Smith e o (rapper e produtor musical americano) Kanye West me procuraram na cidade. Virei referência. Indiquei o local de treino da equipe de atletismo da Jamaica nos Jogos: o Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan). É demais saber que o Usain Bolt está correndo onde eu corria."

Publicado em 08/08/16

Os Jogos Olímpicos têm ajudado a distribuir o turismo pela cidade. A galera não circula só na praia. O centro está bombando. Restaurantes que estavam quase fechando agora têm fila de espera. A região da Praça XV, onde foi instalado o Boulevard Olímpico Porto Maravilha, ficou linda. A zona portuária, com o Museu do Amanhã, também está renascendo."

William Vorhees

William Vorhees, Agitador cultural e ex-atleta

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Lucas Baptista

Otavia Medeiros

Lucas Baptista Lucas Baptista

Aos 73, a inspiração: "Vai ser uma coisa ver aquelas menininhas pulando"

"Adoro assistir esportes, principalmente futebol, vôlei e tênis. Sempre quis ir aos Jogos Olímpicos, mas a língua é uma barreira. Não falo inglês, e não dá certo ir a esse tipo de evento em grupo. Cada um tem que ver o que gosta. Fui sozinha aos Jogos Panamericanos no Rio de Janeiro. Sozinha também acompanhei as partidas da Copa do Mundo em Natal, onde moro, e Fortaleza. Eu estava naquele jogo em que o Neymar se machucou.

Nos Jogos do Rio, tenho ingressos para eventos todos os dias, da abertura ao encerramento. Quero muito assistir alguma partida do (Novac) Djokovic e do (Rafael) Nadal. Também estou empolgada para a ginástica artística. Vai ser uma coisa ver aquelas menininhas pulando. Em setembro, volto ao Rio para as Paralimpíadas. Aqueles atletas são inspiradores."

Vou sozinha a 40 eventos dos Jogos Olímpicos. A reação das pessoas ao me ver no estádio é um misto de admiração e preconceito. Enquanto uns pedem para tirar foto, outros perguntam o que estou fazendo ali. Acham que depois dos 60 anos você está morta. Me cuido muito e acredito que ainda tenho um bocado de anos pela frente."

Otavia Medeiros

Otavia Medeiros, Aposentada, 73 anos. A potiguar viajou sozinha ao Rio de Janeiro para acompanhar 40 eventos dos Jogos Olímpicos, da abertura do encerramento.

Lucas Baptista

Sebastião Dias

Do morro da Chacrinha para o mundo

"Minha mãe era empregada doméstica. Quando eu tinha 7 anos, ela foi morar na casa de uma família que não a deixou levar os filhos. Vivi na Funabem até os 18. Aprendi uma lição: ser excluído não é bom. Decidi me dedicar à inclusão social. Conheci o badminton por acaso, em 1997, e foi amor à primeira vista.

Com as minhas economias, construí uma quadra na comunidade da Chacrinha, no Rio de Janeiro. A Associação Miratus de Badminton hoje tem quatro quadras cobertas e 200 crianças, entre elas 40 atletas de competição. Criei uma metodologia que usa o samba e a música para tornar a técnica mais acessível aos alunos. Meu objetivo não é formar campeões, mas ensinar valores como amor próprio, respeito, gentileza e disciplina aos moradores da comunidade".

Publicado em 05/08/16

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Meu filho Ygor Coelho, de 19 anos, se classificou para o badminton na Rio 2016 sem depender da vaga destinada ao Brasil. Não estou envaidecido por ele estar nos Jogos Olímpicos. Me orgulho de ele representar as comunidades e ser um exemplo para as outras crianças. Meu objetivo não é formar campeões, mas ensinar valores como amor próprio, respeito, gentileza e disciplina."

Sebastião Dias de Oliveira

Sebastião Dias de Oliveira, treinador de badminton e ativista social

Lucas Baptista

Saulo Próspero

Lucas Baptista Lucas Baptista

É voluntário do tiro com arco e tem ingressos para 38 eventos

"A cada quatro anos, programo minhas férias em função dos Jogos Olímpicos. Em 2012, fui sozinho a 51 eventos em Londres. Das 17 medalhas que o Brasil ganhou, presenciei 13. Quando não vou à cidade sede, fico colado na frente da TV. Sumi da faculdade por duas semanas em 2004, na edição de Atenas.

Troquei o dia pela noite em 2008, nos Jogos de Pequim. O evento do Rio tem um significado especial, por ser em casa. Vou assistir a 38 eventos e, pela primeira vez, sou voluntário. Tenho um blog sobre esportes olímpicos "Os Olímpicos" e vejo qualquer modalidade: das que todo mundo gosta às menos populares. O clima olímpico é delicioso. Parece piegas falar, mas rola uma energia de união e paz entre os povos. Ninguém é inimigo de ninguém".

Publicado em 05/08/16

A cada quatro anos, programo minhas férias em função dos Jogos Olímpicos. Em 2012, fui sozinho a 51 eventos em Londres. Das 17 medalhas que o Brasil ganhou, presenciei 13."

Saulo Próspero

Saulo Próspero, engenheiro paulista, 32 anos. Apaixonado por esportes olímpicos, participa dos Jogos pela segunda vez.

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