O fim da jornada
Depois de tudo isso, “Vingadores: Guerra Infinita”, mais um trabalho dos irmãos Russo, encontra sua tríade em posição bem diferente da que ocupavam na primeira aventura da equipe. Se o filme de 2012 trazia personalidades conflitantes buscando algum semblante de ordem, apesar de ainda separados, a nova aventura os coloca como líderes não por imposição do roteiro, mas por ser a evolução natural perpetrada em uma década de filmes.
Cada um liderando sua frente de combate, Thor, Rogers e Starks completam suas jornadas, mas também servem outro propósito, desta vez na engrenagem maior que criou e sustenta a maior franquia da história do cinema: criar condições para passar o bastão para uma nova geração, que deve assumir a frente dos mais de 20 filmes que a Marvel tem planejados para os próximos anos, depois que “Vingadores 4” “trouxer algo que nunca se viu em um filme de super-heróis: um final”, nas palavras do próprio chefão da Marvel, Kevin Feige.
Rogers, indiretamente, introduziu o Pantera Negra em “Guerra Civil”. Stark assumiu a tarefa de forma mais direta, como mentor do Homem-Aranha. Agora rei de um reino dizimado, Thor ainda precisa fazer seu sucessor. Mas, ao final desta batalha de proporções épicas (e aqui, com todo cuidado para não dar nenhum spoiler), tudo ainda se resume aos Vingadores originais.
Três heróis. Três líderes. Três personagens completos representados por três atores no auge de suas carreiras. O Universo Cinematográfico Marvel prova que vai além do entretenimento puro por um motivo único: não são histórias sobre super-heróis, e sim sobre os homens por trás das máscaras. Isso, como testemunhamos nos últimos dez anos, faz toda a diferença.