Nunca antes na história do cinema dinossauros estiveram tão reais. A emoção ao ver um Braquiossauro pela primeira vez, quando ele se apoia nas patas traseiras para alcançar galhos mais altos, continua tão grande quanto o sentido pelo Dr. Alan Grant (Sam Neil) e a Dra. Ellie Satler (Laura Dern), e é um marco da franquia, gerando memes, gifs e ainda muita zoeira na internet.
“Eu queria fazer um filme para todos os amantes de dinossauros”, definiu o cineasta Steven Spielberg. Para isso, ele precisava de um roteiro bom. E o livro de Michael Crichton estava logo ali. O próprio escritor adaptou a obra para o cinema, ao lado de David Koepp, sobre um fantástico parque em uma ilha da Costa Rica em que as atrações não seriam montanhas-russas radicais, mas, sim, dinossauros de carne e osso.
O problema era como fazer o público acreditar que os dinossauros na tela eram reais. A resposta: unir a velha tática dos animais mecânicos (que Spielberg já usara em "Tubarão", por exemplo) ao que havia de mais moderno na computação gráfica.
“Nós trabalhamos muito para colocar tudo no lugar, dos músculos até as texturas, e quando vimos [o resultado final] foi chocante. Se me dissesse quatro meses antes que conseguiríamos isso, eu diria ‘provavelmente não’, mas depois fizemos os restos das cenas pelos próximos cinco meses”, relembra Dennis Muren, responsável pelo departamento de tecnologia do projeto.
Spielberg, mesmo procurando locações para “A Lista de Schindler”, seguiu de perto o que a equipe de efeitos visuais estava fazendo em teleconferências longas para debater o caminho que o filme tomaria. “Eles podiam me ouvir, e eu tinha as imagens para aprovar e fazer qualquer ajuste necessário”, disse o diretor.
Com tudo pronto, faltava a trilha sonora. E nada mais do que um gênio cuidou dessa área. John Williams, compositor de “Star Wars”, "ET: O Extraterrestre" e “Indiana Jones”, trabalhou no filme e em um mês já tinha tudo gravado, recorrendo a percussões, harpas, saxofone barítono e coral na orquestra.
“O Parque dos Dinossauros” teve um gasto com publicidade de US$ 65 milhões, e valeu cada centavo. Na época, virou o filme com maior bilheteria da história. Atualmente, é a 28ª produção com melhor resultado do cinema.