O sucesso mais surpreendente do ano também é o filme certo no momento certo. Uma ficção científica de terror que cutuca o racismo com sutileza, e colocando nas mãos de Jordan Peele o título de diretor-revelação do ano.

Eduardo Graça

Um terror em que o monstro não é sobrenatural e que coloca o racismo como uma psicose social tão assustadora quanto a dos piores serial killers. O filme tem camadas de entendimento e consegue fundir diferentes gêneros.

Alexandre Matias

Ao mesmo tempo divertido e assustador, "Corra!" faz o espectador sentir um pouco do terror que é ser negro em um mundo ainda muito racista. E faz isso sem deixar na cara quanto de política há por trás de cada susto.

Natalia Engler

Continuar um dos melhores filmes da história era tarefa quase impossível. Mas Denis Villeneuve criou uma experiência belíssima que eleva a obra original, sem se desviar de seu existencialismo e entregando, no caminho, um filme belíssimo, profundo e enigmático.

Roberto Sadovski

Villeneuve conseguiu fazer o impossível três vezes: materializou a tão aguardada continuação do épico de Ridley Scott, tornou-a palatável e ao mesmo tempo tão complexa quanto o original e ampliou a estética fria e interna para tomadas amplas a céu aberto com cores quentes.

Alexandre Matias

Sobre irmãos, sobre Nova York e sobre cinema. Os irmãos Safdie filmam o desajuste, a marginalidade e a noite sem lamento ou condenação. Com caos, mas cheios de amor, um amor torto, mas sólido entre dois irmãos, um deles, Robert Pattinson em atuação maiúscula, o outro, um dos próprios Safdie, igualmente excelente. Mais do que cuidar do irmão indefeso, o protagonista tenta reinseri-lo num mundo que o expulsou.

Chico Fireman

Uma overdose de adrenalina despejada no público através de um personagem obsessivo e paranoico. Este filme não apenas vai te fazer esquecer o Robert Pattinson da saga "Crepúsculo", como vai te fazer torcer por seu personagem desprezível, manipulador, egoísta, sem noção, mas que fascina por estar obstinado em fazer seu plano fracassado desde o primeiro momento a dar certo. Espere pela crise de abstinência que virá ao final.

James Cimino

Sally Hawkins está perfeita, os exageros dos Del Toro anteriores não aparecem, as cenas de amor humana vs. criatura aquática são perfeitas e a conexão entre os personagens não cai no pieguismo.

Eduardo Graça

Guillermo Del Toro criou uma fantasia romântica em plena Guerra Fria que envolve paranoia, medo, política... E um monstro! É como Edward Mãos de Tesoura para o novo milênio!

Roberto Sadovski

Uma mãe obcecada em resolver o estupro seguido de assassinato de sua filha aluga três outdoors na entrada da cidade para mandar seu recado ao xerife. Cheia de remorso, ela não consegue enxergar que querer que o bem prevaleça também traz o mal aos que estão a sua volta. As performances de Frances McDormand e Sam Rockwell não são o único ponto alto deste filme que, embora aterrador, tem espaço para respirar e rir da nossa miséria humana.

James Cimino

No já batido gênero dos filmes de super-heróis, vez ou outra aparece algo que sopra um fôlego novo nas telas. É exatamente o que acontece no filme de Patty Jenkins, que traz um olhar feminino sobre o que é heroísmo. E Gal Gadot é a tradução perfeita da esperança e empatia que Diana Prince inspira. Foi o filme para rever a cada vez que 2017 dava mais um tapa na nossa cara.

Natalia Engler