Creed II: A luta pelo legado

Em novo filme, Michael B. Jordan e Sylvester Stallone reencarnam os papéis de Adonis Creed e Rocky Balboa

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Creed II, que estreia nos cinemas brasileiros em 24 de janeiro, dá continuidade à saga do jovem campeão mundial de boxe Adonis Johnson Creed (Michael B. Jordan, de Pantera Negra), apresentado ao público no primeiro filme lançado em 2015.

Enquanto o protagonista e seu par romântico Bianca (Tessa Thompson) planejam o futuro juntos, com um filho a caminho, Sylvester Stallone aparece novamente no lendário papel de Rocky Balboa, o mentor de Adonis. Os planos do casal são logo frustrados quando o ucraniano Viktor Drago (o lutador de boxe na vida real Florian Munteanu), desafia Adonis para um embate. Até aí, tudo bem, não fosse pelo fato de que Viktor é filho de ninguém menos do que Ivan Drago (Dolph Lundgren, revivendo seu papel icônico), o personagem que, em Rocky 4, matou Apollo Creed, pai de Adonis, no ringue, 33 anos atrás.

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Em Creed: Nascido para Lutar, lançado em 2015 com grande sucesso de crítica e bilheteria, a premissa era similar à do primeiro Rocky: um pugilista amador desafiava um campeão que acreditava estar diante de uma luta ganha. À ocasião, porém, Adonis não subia ao ringue com uma responsabilidade social, como Rocky Balboa, que estava lá na condição de representante da classe trabalhadora dos imigrantes da Filadélfia, mas impulsionado pelo trauma familiar de sua orfandade mal resolvida.

Na sequência, Adonis encontrou o amor e o sucesso, tendo evoluído no mundo do boxe profissional como lutador peso-pesado. Bianca, uma bela e talentosa cantora e compositora, por sua vez, se tornou uma estrela ascendente no mundo da música. A mãe adotiva do pugilista, Mary Anne Creed (Phylicia Rashad), que antes tinha a esperança de que ele não seguiria os passos do pai, acabou por aceitar sua escolha, reconhecendo no filho o talento e a paixão que tornaram seu falecido marido um dos maiores campeões do boxe.

Nada disso, contudo, parece o suficiente para dissipar as dúvidas e conflitos internos de Adonis em relação à fama. É difícil para ele lidar com o fardo que lhe fora deixado e a vida de celebridade. Ele questiona suas habilidades e se é digno do título de campeão. O surgimento de um adversário como Viktor Drago, que o chama para a briga publicamente, surge como oportunidade perfeita para fazer jus ao nome de seu pai. Balboa teme que a história se repita, e a princípio tenta dissuadir o seu pupilo, no entanto, há muito mais em jogo do que somente um título.

O longa chega aos cinemas em uma época em que o astro Michael B. Jordan desfruta de grande prestígio em Hollywood. Além do seu elogiado trabalho no primeiro capítulo de Creed, ele estrelou recentemente Pantera Negra, um dos filmes mais assistidos no mundo no último ano.

Quando entro no ringue, tenho que acreditar que sou um lutador. Eu treinava exaustivamente todos os dias. Eventualmente, duas vezes por dia, indo para casa com as articulações inchadas. Essa confiança em si mesmo e no que você está fazendo facilita o trabalho diante das câmeras.

Michael B Jordan

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De Rocky a Creed

Rocky, um Lutador, não só foi a produção com a melhor bilheteria de 1976 como se tornou uma das obras mais fundamentais da cultura pop mundial. Ganhou o Oscar de melhor filme daquele ano e lançou ao estrelato a carreira do então pouco conhecido protagonista e roteirista Sylvester Stallone. De lá para cá, a franquia Rocky se tornou uma emocionante saga de superação pessoal, autoconhecimento, valores familiares e laços de amizade.

Todo esse imaginário está de volta. A relação entre Ivan Drago e seu filho, Viktor, emerge como questão mal resolvida. Depois de matar Apollo Creed com um golpe antiético e desnecessário no ringue, Ivan perde para Rocky em um duelo dramático que reproduz os conflitos políticos da época, entre Estados Unidos e União Soviética. Ao ser derrotado, Ivan perdeu o duelo e tudo o mais que lhe restava. Assim, Viktor acabou sendo criado na miséria e em ambiente hostil, e aprendeu a odiar enquanto treinava boxe.

Para Jordan, um aspecto crucial desse processo foi o trabalho com o treinador de boxe profissional Patrice "Boogie" Harris, dono de uma academia na região de Washington e Baltimore, Harris luta há mais de 33 anos e chamou a atenção de Jordan no Instagram.

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Ivan e Viktor Drago veem a chance de derrotar Adonis pela redenção de sua família. Mesmo desaconselhado por Rocky, o pugilista aceita o duelo, pois necessita desse rito de passagem para se desvencilhar das sombras que o atormentam. "Quando comecei a imaginar a história de Creed II, eu pensei, 'Trata-se dos pecados cometidos por seu pai', além do fato de que Adonis não é o único filho carregando o peso de um legado", diz Stallone. "Por isso, considerei algumas questões: e se o Ivan Drago tivesse um filho? Que legado seu filho herdaria?'".

Em Creed II, os fãs verão as sequências empolgantes de treinamento e luta que esperam da franquia. Isso inclui a final no Estádio Olímpico de Moscou entre Adonis e Viktor e um campo de treinamento no Vale da Morte, Califórnia, para onde Rocky leva Adonis. Com Drago e Creed, Caple procurou evitar que Creed II se tornasse um "filme de vingança", focando naquilo que está em jogo para Adonis e Viktor: dois filhos com seus próprios sonhos, envolvidos no legado de seus pais... e ligados pela mesma tragédia.

Na perspectiva de Lundgren, várias das metáforas dos filmes Rocky e Creed continuam a nos tocar porque são muito humanas e nos identificamos com elas: "Você não precisa entender de boxe para apreciar um filme Rocky ou Creed. No final, não se trata do boxe, mas da vida. Eles ajudam as pessoas a refletirem sobre suas próprias vidas e sonhos."

Creed II chega aos cinemas do Brasil em 24 de janeiro.

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