A paralisação dos caminhoneiros contra a alta dos preços dos combustíveis, sobretudo do diesel, provocou a saída de Pedro Parente da presidência da Petrobras e colocou o tema na agenda eleitoral deste ano. Quem for eleito em outubro terá de definir uma política para a estatal que afaste o risco de novos protestos a partir de janeiro.
O movimento do fim de maio durou dez dias e afetou o abastecimento e a circulação no país. Os preços vinham subindo quase diariamente por causa da alta da cotação do petróleo no exterior e do aumento do dólar. Pressionado, o governo recorreu ao Exército para reforçar a segurança, anunciou um desconto no preço do diesel, mas ainda há pendências como o tabelamento do frete. A paralisação provocou efeitos negativos na economia.
O UOL procurou 19 pré-candidatos a presidente para saber que política de preços eles propõem. Destes, 16 enviaram respostas. No caso dos três que não responderam, a reportagem pesquisou o que eles falaram recentemente sobre o tema.
Depois convidou o físico Luiz Pinguelli Rosa, professor de Planejamento Energético da Coppe (Instituto Alberto Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio); Ricardo Macedo, coordenador e professor do curso de Ciências Econômicas do Ibmec-RJ; e Roberto Bocaccio Piscitelli, professor da UnB (Universidade de Brasília) e assessor da presidência do Cofecon (Conselho Federal de Economia), para que comentassem as propostas dos 20 presidenciáveis.
Alguns pré-candidatos falaram na criação de um fundo financeiro para amortecer o impacto das variações dos preços do petróleo no mercado internacional. Outros ressaltaram a importância de se investir no aumento do refino no país. Também há propostas de quebra de monopólio de atividades da Petrobras e de periodização dos reajustes dos preços para o mercado interno.
Confira abaixo o que os presidenciáveis falaram e as avaliações feitas pelos especialistas. Você pode clicar no nome de cada um dos candidatos para ir direto para suas propostas.