Para Costa, o PT precisaria entender que, em um cenário sem Lula, “mais importante que ter um nome do partido, é ter um nome que reconstrua o Brasil”.
“Não podemos ficar nessa marra de que, se não há um nome natural do PT e se o Lula não puder ser [candidato], por que não pode ser de outro partido? Acho que pode e acho que essa discussão, se ocorrer, no momento exato, nós vamos fazer esse debate”, comentou, sem citar nomes de outras possibilidades.
Condenado em segunda instância, Lula, hoje, está inelegível com base na Lei da Ficha Limpa. O partido, porém, diz que vai insistir na candidatura. O ex-presidente também pode ser preso, já que o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) indicou que irá pedir a execução da pena de mais de 12 anos de reclusão.
Essa questão jurídica, aliás, é vista pelo governador baiano como um reflexo da ambição eleitoral de Lula.
"Se no Brasil não se pudesse disputar uma terceira eleição presidencial, mesmo alternada, o Lula não estaria na situação que está hoje. Tudo isso só tem o objetivo de impedi-lo de ser candidato”
Rui Costa, governador da Bahia
O ex-presidente é líder em todas as pesquisas de intenção de voto. Por isso, seria difícil discutir uma alternativa a ele no caso de um impedimento, diz Costa.
“Não é fácil discutir plano B com os índices de aprovação de Lula. Diria que, com a conjunção de coisas que fizeram contra ele, essa realidade inibe a discussão de um plano B”.
O governador também diz acreditar que, em outra situação, sem os processos e a condenação, Lula poderia estar puxando um nome "que viesse a firmar uma nova geração do PT". “Mas quem hoje vai se colocar como nome?”, questiona.