Dois dos principais pontos da reforma são os requisitos básicos para uma pessoa conseguir a aposentadoria: 65 anos de idade e 25 anos de contribuição.
Atualmente, um trabalhador pode se aposentar se contribuir por 35 anos (homem) e 30 anos (mulher), pela regra de tempo de contribuição, que não tem idade mínima.
Para justificar a idade mínima proposta, Marcelo Caetano afirma que ela já existe, na aposentadoria por idade.
"Isso é uma realidade que já existe para grande parte dos aposentados homens do Brasil, que só conseguiram obter o benefício, principalmente no setor urbano, quando atingiram os 65 anos de idade", afirma.
A maior parte dos brasileiros se aposenta hoje por idade, quando chega a 65 anos (homens) ou 60 anos (mulheres). Uma das razões para essa ser a forma mais popular de aposentadoria é que ela exige um tempo menor de contribuição: 15 anos.
Como muitas pessoas trabalham sem carteira assinada, não conseguem pagar o INSS por tempo suficiente para se aposentar por tempo de contribuição.
Mas, com a reforma, as pessoas não conseguiriam mais se aposentar com 15 anos de contribuição, apenas com 25 anos, ou seja, dez anos a mais.
Caetano diz que o mínimo de 25 anos de contribuição "não é uma coisa tão alta assim", porque seria "um pouco mais" da metade do tempo de contribuição de uma pessoa que tenha começado a trabalhar antes dos 18 anos até atingir a idade mínima para se aposentar, de 65 anos.
Ele afirma que o governo não calculou quantas pessoas não conseguiriam atingir os requisitos mínimos, mas que "imagina que as pessoas venham a se aposentar”.