Baseado na plataforma Amazon Web Services (AWS), o novo sistema foi desenvolvido pela Embraer com apoio dos fornecedores AWS ProServe e Claranet. Para chegar ao modelo atual foram aplicadas avançadas tecnologias de Big Data e Analytics. O resultado salta aos olhos: obteve-se um ganho de 96% de produtividade na análise e no processamento de dados das aeronaves. Dessa forma, o IKON estabeleceu novos padrões em termos de serviços e de suporte aeronáuticos.
"A Embraer investe continuamente em novas tecnologias. Vemos no IKON uma ferramenta totalmente agnóstica que abre novos horizontes para lidar com dados e uma evolução que reconhece possibilidades de melhorias, fazendo com que possamos funcionar como um monitor de saúde da aeronave. A manutenção preditiva se traduz no aumento da eficiência com custos reduzidos, maior competitividade e disponibilidade da aeronave", diz Johann Bordais, Presidente e CEO da Embraer Serviços & Suporte.
De olho nas evidentes transformações advindas da crescente velocidade na interpretação de dados, a Embraer busca tanto compreender a dinâmica dessas evoluções como estar perto dos grandes centros de inovação. Por isso, a estratégia adotada pela empresa desde 2017 a levou a estabelecer escritórios no Vale do Silício e em Boston, nos Estados Unidos, onde se concentram instituições de pesquisa de universidades como Stanford, Harvard e Massachusetts Institute of Technology (MIT), três dos centros mais inovadores do mundo.
No Brasil, a empresa segue o mesmo raciocínio. Entre seus parceiros nessa emaranhada teia de pesquisa e produção de conhecimento destacam-se a Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Campinas (Unicamp) e USP-São Carlos, além das federais de Santa Catarina e de Minas Gerais. Além, claro, do Instituto Tecnológico de Aeronáutico (ITA), em São José dos Campos, o berço da Embraer. Também colaboram ativamente órgãos de fomento à pesquisa como a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), entre outros.
Ao se diminuir a distância entre a indústria e academia, resultados formidáveis acontecem. Uma cooperação científica e tecnológica nas áreas de robótica autônoma e de inteligência artificial da Embraer com a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) gerou um feito inédito: o primeiro teste de uma aeronave autônoma no Brasil.
Um protótipo de testes realizou sozinho a operação de taxiamento, movimentando-se em solo por um trajeto previamente estabelecido e sem interferência humana, na Unidade da Embraer em Gavião Peixoto, interior de São Paulo. Pesquisadores da empresa e da UFES trabalharam juntos em modelos matemáticos e computacionais de automação. Mas, para isso, foi necessário um minucioso trabalho de integração e desenvolvimento de softwares, hardwares, kit de sensores a laser, GPS e câmeras.
Como esses, incontáveis desafios virão. Ciente disso, a Embraer tem se preparado dia a dia para encará-los. Não há dúvida de que o novo mundo criado a partir da inteligência artificial ainda vai enfrentar muitas barreiras, mas a aposta é enfrentá-los com dedicação, trabalho e pesquisa. Esse, acredita a Embraer, é o combo necessário a partir do qual serão reveladas rotas nunca dantes imaginadas.
De um modo geral o sistema permite novos avanços no processo de digitalização da indústria aeronáutica. Hoje, a segunda geração de aeronaves comerciais da Embraer produz cerca de 100 GB de informações diretamente acessíveis por ano. Graças a um sistema de roteamento e análise acelerado, esse alto volume de dados pode ser transmitido para uma ação imediata. Com o IKON, o tempo da coleta automática de dados passou de 12 dias para um processo imediato, garantindo que os dados estejam prontos para serem analisados apenas cinco minutos após serem gerados.
O alto volume de dados e a demanda por decisões mais rápidas e precisas exigem tecnologias capazes de captar, armazenar e conectar informações em rede. No momento em que o avião pousa, os dados são automaticamente transmitidos para o IKON por meio de um módulo instalado na aeronave chamado WSU (wireless server unit).
A integração e uso veloz de dados transformará a forma como se opera sistemas e a Embraer quer estar na vanguarda destas tecnologias aplicadas a usos de aviação e mobilidade urbana. Compreender a dinâmica dessas evoluções e estar perto dos grandes centros de inovação é uma das estratégias da empresa. Para isso, desde 2017 a Embraer estabeleceu escritórios no Vale do Silício e em Boston. Assim, consegue estar mais próximo de pesquisadores e instituições de pesquisa de universidades como Stanford, Harvard e Massachusetts Institute of Technology (MIT), as três universidades mais inovadoras do mundo segundo um ranking global compilado pela Reuters.
No Brasil, a empresa segue sua política de proximidade com instituições de ensino de ponta. Entre os parceiros dessa rede de pesquisa estão centro universitários como a Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Campinas (Unicamp), USP-São Carlos, além das universidades federais de Santa Catarina e Minas Gerais. Além, claro, do Instituto Tecnológico de Aeronáutico (ITA), em São José dos Campos, onde nasceu a Embraer. Também colaboram ativamente órgãos de fomento à pesquisa, como a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e a Fundacão de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Outra cooperação científica e tecnológica que tem rendido muitos frutos especialmente nas áreas de robótica autônoma e inteligência artificial é com a Universidade Federal do Espírito Santos (UFES). Na última semana de agosto essa colaboração resultou no primeiro teste de uma aeronave autônoma no Brasil, na Unidade da Embraer em Gavião Peixoto, interior de São Paulo.
Um protótipo realizou sozinho a operação de taxeamento, movimentando-se em solo por um trajeto previamente estabelecido e sem interferência humana. Pesquisadores da Embraer e da UFES trabalharam juntos em modelos matemáticos e computacionais de automação. Mas para isso foi necessário um minucioso desenvolvimento de softwares, hardwares, kit de sensores a laser, GPS e câmeras. Integrar os sistemas na plataforma aeronáutica foi outro problema.
Antes da operação real o sistema autônomo de navegação terrestre foi testado em um simulador. A plataforma aeronáutica do teste foi a mesma utilizada para o desenvolvimento dos modernos jatos executivos Legacy 500 e Praetor 600. O teste integrou ainda funcionalidades do sistema IARA (Intelligent Autonomous Robotic Automobile), resultado de uma pesquisa na área de carros autônomos que teve início em 2009, no Laboratório de Computação de Alto Desempenho (LCAD) da UFES.
Infindáveis, alguns dos desafios estão diante dos olhos. Já outros, ainda estão por vir e deverão ser encarados com a mesma persistência e dedicação com que a Embraer chegou até aqui. É certo que o universo da inteligência artificial ainda enfrentará incontáveis barreiras, mas é igualmente provável que muito trabalho e pesquisa revelarão rotas nunca antes imaginadas.