Por toda a Rússia há vontade de integração entre torcedores e locais. Mas é mais fácil achar uma nota de R$ 100 na rua do que, por exemplo, um russo que fala inglês em Saransk, a menor cidade-sede da Copa, de 270 mil habitantes.
Os brasileiros aprenderam rápido a falar as frases básicas em russo: “olá” (priviet), “não falo russo” (Ya ne govoryu po-russki) e “uma cerveja, por favor” (pivo pozhaluysta). Para as outras necessidades, vão de Google Tradutor. Como nem o alfabeto é o mesmo, ele se tornou o aplicativo mais usado da Copa.
Até nas entrevistas coletivas. Antes do Mundial, mas já em solo russo, por exemplo, um repórter espanhol perguntou, via celular, em francês, qual seria o destino do atacante Griezmann após o torneio. Também em um treino francês, um jornalista argentino usou o aplicativo para pedir dicas dos franceses para que a Argentina os derrotasse.
O problema acontece quando o celular fica de lado. Em Samara, duas russas tentavam ensinar um palavrão para um mexicano xingar o time que perdera por 2 x 0 para o Brasil. Elas fingiam derrubar o celular no chão e soltavam o palavrão. Fingiam tropeçar e cair e soltavam o palavrão. Com cara de quem captou, o torcedor começou a falar que Neymar era mesmo "psicinero".