Derrota não é novo 7 a 1. Copa brasileira teve pontos positivos
A eliminação precoce do Brasil é, no fim das contas, bastante diferente do desastre de 2014. Tite assumiu uma seleção desacreditada em 2016, eliminada na primeira fase da Copa América Centenário e correndo risco de não garantir a vaga na Rússia nas eliminatórias. O técnico fez uma revolução, perdendo apenas duas partidas em dois anos.
Durante a Copa, a seleção passou longe do time que desmontou em 2014 contra a Alemanha, e depois se entregou completamente aos holandeses na disputa de terceiro lugar. Já contra a Costa Rica, o Brasil mostrou controle e força, marcando dois gols nos acréscimos para garantir três pontos e espantar a estreia decepcionante diante dos suíços. Nesta sexta, o segundo tempo foi de massacre ao gol belga, e o time brasileiro passou muito perto de levar a decisão à prorrogação.
O ciclo para 2022 pode ser mais tranquilo e resultar em um Brasil mais preparado. A cúpula da CBF não esconde o interesse em manter Tite no comando da seleção. O treinador, por sua vez, não quis se comprometer, mas admite enxergar as vantagens de um trabalho de quatro anos. “Toda vez que um técnico tem um tempo maior, ele consegue, teoricamente, desenvolver um trabalho melhor. E não só na seleção, mas no clube também. A competência é de acertos, e quanto mais tempo tu tem com um atleta, mais consegue mexer com o emocional dele”.