Entre as seleções sul-americanas, os brasileiros são os menos sul-americanos na Copa. Tite levou três jogadores que atuam em clubes do continente, e só Fagner, do Corinthians, jogou até agora -- e porque Danilo, do Manchester City inglês e o titular da lateral direita, se machucou.
Argentinos, uruguaios e colombianos são mais fiéis a sua raiz. Cada uma das três seleções, como os brasileiros classificados para as oitavas de final do Mundial, já levaram a campo quatro atletas que jogam na América do Sul - seja começando como titular, seja entrando no decorrer da partida. O Peru, que já voltou para Lima, também teve quatro sul-americanos, mas a campanha decepcionou uma das torcidas mais animadas na Rússia.
Jorge Sampaoli iniciou o Mundial apostando numa dupla que fez sucesso no Independiente, clube argentino campeão da Copa Sul-Americana em 2017. O lateral Tagliafico, é verdade, nem entra na conta de atletas que jogam em casa porque foi vendido ao Ajax da Holanda, e a Fifa já o considera nesse time. Mas Meza, não. Ele foi titular nas duas primeiras partidas, e entrou bem na decisiva contra a Nigéria -- foi dele o cruzamento para o gol salvador de Rojo.
Enzo Pérez, do River Plate, passou a ser aposta no segundo jogo, contra os Croatas, e se manteve ante a Nigéria -- está com uma lesão nos glúteos, mas nada grave e deve ficar na equipe no jogo de sábado contra a França, pelas oitavas. Sampaoli também tem apostado, como opção para o segundo tempo, ao veloz Pavón, do Boca Juniors, e para o gol levou Armani, também do River, à titularidade depois que Caballero falhou feio contra os croatas.