Ter status de herói nacional em Copas e ser titular do clube mais vitorioso da Europa são motivos de sobra para consagrar um jogador na elite do futebol, mas não para Navas. Foi na Copa de 2014, no Brasil, que o goleiro exibiu todo o seu potencial aos olhos do mundo. Em um grupo com Inglaterra, Itália e Uruguai, ele conduziu a Costa Rica pela primeira vez até as quartas de final de um Mundial, parando nos pênaltis diante da Holanda.
Na Costa Rica, virou ícone. O estádio municipal da cidade natal, Pérez Zeledón, com pouco mais de 130 mil habitantes, foi rebatizado com o nome do goleiro, que também viu a sua trajetória de vida virar filme, chamado "Homem de Fé", lançado em 2017. Um mês depois de brilhar na Copa, foi contratado pelo Real Madrid.
Começou na reserva de Casillas, mas logo virou o camisa 1 – no sentido mais amplo da palavra. Foi "campeão de tudo": nove títulos em quatro temporadas, incluindo o tricampeonato da Liga dos Campeões e do Mundial de Clubes da Fifa. Em 2015, ficou nove partidas consecutivas sem levar gol, marca única no Real em 116 anos de história. Retrospecto que, por incrível que pareça, não o coloca como uma unanimidade.
A cada janela de transferências na Europa, Keylor Navas convive com o assombro da concorrência. Nomes como o belga Courtois, o espanhol De Gea e o italiano Donnarumma, mais badalados no mercado da bola, já surgiram como potenciais reforços do Real. Nesta sexta-feira (22), quando entrar em campo para enfrentar o Brasil, em São Petersburgo, pela Copa da Rússia, o costa-riquenho ficará frente a frente como outro potencial rival: Alisson.
Após se destacar pela Roma, da Itália, o goleiro da seleção brasileira é a bola da vez do mercado para defender o clube na próxima temporada europeia. Especula-se que o Real Madrid esteja disposto a pagar mais de 50 milhões de euros (cerca de R$ 225 milhões) pelo jogador. Os espanhóis também finalizam os detalhes para anunciar outro reforço para a posição: o ucraniano Andriy Lunin, de 19 anos, do Zorya Luhansk.