Quando Carlos Queiroz, ainda em Maputo, decidiu que seu futuro passava pelos estudos, já estava bem afastado dos gramados. Ele optou primeiro por um curso de engenharia mecânica pela Universidade Eduardo Mondlane (coincidentemente, Fernando Santos, atual técnico de Portugal, tem diploma de engenheiro). Depois, mudou-se para Portugal em 1975, aos 22 anos, e mudou de área, estudando no Instituto Superior de Educação Física de Lisboa.
Recebeu seu diploma, fez mestrado, deu aulas no ensino secundário, para os infantis do Sporting e chegou ao Estoril Praia em 1984 como auxiliar. Em 1986, publicou o estudo: “Estrutura e Organização dos Exercícios de Treino em Futebol”. Em 1987, já era funcionário da federação nacional. É tido como o homem que, no mínimo, viabilizou a revelação de nomes como Luis Figo e Rui Costa, entre tantos.
Ganhou fama como garimpeiro de talentos e também por seu trabalho metódico. Passou pelo Sporting, rodou o mundo e chegou a Manchester para auxiliar Alex Ferguson de 2002 a 2008 – descartando aqui uma passagem frustrada pelo galáctico Real Madrid em 2003-04, pouco antes de Vanderlei Luxemburgo, diga-se.