Mão na roda

Veículo torna possível a realização de projetos para quem tem pouco capital

oferecido por Selo Publieditorial
Adobestock

A ideia é boa, mas o capital é curto. Esse é o dilema que muitos esbarram na hora de tirar uma ideia do papel. Mas investir em um veículo pode ser a solução viável para fechar a equação, e tornar as conquistas possíveis.

Quem deseja criar seu próprio modo de trabalhar encontra no veículo uma alternativa de investimento, em geral, mais baixo do que alugar um ponto fixo para montar uma loja, por exemplo. Sem contar que a mobilidade e a curiosidade que projetos itinerantes despertam ajudam nas vendas.

Adobestock Adobestock

De desempregada a dona de boutique móvel

Quando o desemprego bateu à porta de Elaine Rueda Vida, no começo deste ano, ela teve de recomeçar com pouco dinheiro. Com R$ 1.500, comprou bolsas e acessórios femininos para vender em bazares e outros eventos. Mas carregar e descarregar o próprio carro com os produtos era uma rotina cansativa. Ela, então, resolveu montar uma loja itinerante. Para não comprometer o veículo da família, investiu em um pequeno caminhão, que virou o Lammoritha Fashion Truck.

"A ideia sempre foi essa: ir até a cliente, dar um atendimento VIP e poder mudar de ponto quando um lugar não agradar. Por onde eu passo, é uma sensação, as pessoas ficam curiosas para ver como é por dentro", diz.

Após um ano rodando, o truck passou por uma pequena reforma para ficar mais atrativo. O negócio itinerante que já era equipado com provador, espelhos e arara para exposição, ficou mais aberto para que as clientes possam ver de fora melhor os produtos. Dependendo do local onde o veículo visita, ainda há mesas e cadeiras do lado de fora para os acompanhantes aguardarem.

Elaine explora todas as possibilidades de uma loja móvel: participa de eventos, estaciona em lugares movimentados, vai até a casa ou o trabalho das clientes que pedem e faz parcerias com estabelecimentos, como barzinhos e salões de beleza.

Edy Beer Truck Edy Beer Truck

Publicitário quer viver de cerveja

O Edy Beer Truck, de Santo André (SP), surgiu há quase três anos da paixão do publicitário Edson Carreiro pela cerveja. "Eu gosto muito de falar de cerveja e quero passar o conhecimento que tenho e o prazer de consumir a bebida para outras pessoas", conta.

No começo, ele tinha cerca de R$ 25 mil, e a solução que encontrou para colocar seus planos em prática foi incluir um veículo no projeto. Comprou uma Kombi e fez as adaptações necessárias para vender cervejas artesanais em eventos. A escolha se deu pela flexibilidade. "Eu queria ter a liberdade de levar a cerveja artesanal para vários lugares em vez de trazer o público até mim."

Depois de rodar um ano com a Kombi e ver que a ideia era viável, ele investiu em um veículo melhor, mais moderno, capaz de percorrer distâncias maiores.

Segundo Carreiro, o investimento foi relativamente alto por causa dos equipamentos importados usados no sistema de chope. A renovação do veículo rendeu uma parceria com uma fabricante de cerveja artesanal, que oferece condições especiais para o fornecimento da bebida. O truck também ganhou balcão em um painel inflável para se destacar mais. "Estou fazendo agora mais eventos com meu beer truck do que fazia antes."

Carreiro ainda mantém o emprego em uma agência de publicidade, mas diz que está no caminho de viver de cerveja, que é um sonho antigo. "Meu foco maior é nisso, e a publicidade aos poucos está se tornando a segunda opção."

Adobestock Adobestock

Dono de restaurante migrou para o food truck

Com uma extensa e invejável trajetória na gastronomia, o chef Beto Daidone buscava se reinventar quando criou o Sr. Risoto, food truck especializado no prato a base de arroz, em 2015.

Na época, ele comandava a cozinha do restaurante do Clube A, badalada casa noturna paulistana, que tinha Amaury Jr. como um dos sócios. Antes disso, já tinha sido dono de dois restaurantes, um em Curitiba na década de 90, e outro em São Paulo.

A motivação para escolher um food truck como projeto foi a vontade de trabalhar sozinho, sem a responsabilidade de gerenciar funcionários e arcar com os custos fixos de um restaurante com salão. A Kombi usada e já adaptada custou apenas R$ 1.000, mas com toda a reforma necessária, o investimento total foi de cerca de R$ 23 mil. O Sr. Risoto participa de eventos e estaciona próximo a grandes prédios comerciais no horário do almoço.

"O food truck é muito menos formal e mais divertido. Gosto da proximidade com o cliente que ele proporciona. Conheço muitas pessoas, elas pedem a receita, a gente conversa, troca perfis nas redes sociais. Os clientes comem na sua frente, o retorno é imediato", diz.

Curtiu? Compartilhe.

Topo