Carro adaptado para lucrar

Transformação de veículo requer planejamento e atenção a detalhes

oferecido por Selo Publieditorial
Sagrado Boulangerie

Um salão de beleza todo cor-de-rosa, com toques retrô, cheio de estilo e um detalhe: funcionando em cima de um caminhão. O projeto ideal para a maquiadora Victória Romano, 25, se tornou possível na transformação de um veículo. Há três anos, ela montou o Hey Pretty, um fashion truck onde faz maquiagens e vende produtos de beleza de sua marca própria.

"Desde o começo, eu queria algo bem diferente. Queria estar perto do público e fazer um investimento que não fosse em uma loja física, com custo de aluguel. Aí veio a ideia de fazer uma coisa itinerante, divertida", diz.

Hey Pretty Hey Pretty

Antes de transformar o veículo, Victória conta que, primeiro, planejou o modelo de vendas, os processos de trabalho e o modo de atender clientes. Viu que o salão tinha de ser montado num caminhão, que tem espaço interno suficiente para receber as pessoas. Além disso, os produtos à venda, que são frágeis e delicados, não poderiam sofrer queda durante os trajetos.

"As pessoas não imaginam os detalhes. Preciso de gaveta que tenha fecho especial para que, quando o truck se locomova, não caia tudo. O vidro e o expositor são de material especial. Como atendo dentro do caminhão, precisei pensar em iluminação e decoração. Eu queria muito que coubesse uma penteadeira. E coube."

Com o fashion truck, Victória participa de eventos em São Paulo, e até rodou pelo Brasil. Já foi para Comandatuba, na Bahia, com paradas em Búzios (RJ), Inhotim (MG) e Vitória (ES). "Faz bastante sucesso, funciona como propaganda para mim. É mais do que só um serviço de maquiagem, é muito lúdico e engraçado."

O negócio foi tão bem-aceito que ela acabou sentindo necessidade de abrir uma sede física em São Paulo, localizada no bairro de Perdizes. "Mas eu continuo com o caminhão. Este ano, rodei mais pela Grande São Paulo e região de Campinas", diz a empreendedora.

As pessoas não imaginam os detalhes. Preciso de gaveta que tenha fecho especial para que, quando o truck se locomova, não caia tudo. O vidro e o expositor são de material especial. Como atendo dentro do caminhão, precisei pensar em iluminação e decoração. Eu queria muito que coubesse uma penteadeira. E coube.

Victoria Romano , idealizadora do Hey Pretty

Adaptação requer planejamento

Vários passos são necessários antes de adaptar um veículo para uma marca. Depois de decidir a atividade e planejar como o serviço vai funcionar sobre rodas, é hora de buscar ajuda especializada.

No início, o indicado é contratar o serviço de transformação para depois comprar o carro, segundo Evandro Otávio de Oliveira, dono da Bumerangue Reboques, especializada em customização de veículos. Isso porque a maioria das pessoas que fazem a adaptação tem homologação para customizar apenas alguns modelos. Se o cliente comprar um veículo diferente, corre o risco de não conseguir contratar o serviço ou ter de arcar com custo extra de homologação.

Sagrado Boulangerie Sagrado Boulangerie

"É importante procurar o fabricante antes de comprar o veículo. Eu explico quais são as opções. Se a pessoa vem com o carro comprado, pode não conseguir fazer, sair mais caro ou ter dificuldade técnica", afirma Evandro, que trabalha principalmente com Kombis. Segundo ele, o custo da adaptação da Kombi começa em R$ 18 mil, mas a média é de R$ 30 mil, sem contar o preço do veículo. Se a opção for trailer, os valores seguem a mesma média.

O projeto arquitetônico e os detalhes da transformação do veículo são pensados em conjunto com o serviço de customização. "A pessoa precisa ter noção de como vai trabalhar. Se for um pet shop, por exemplo, ter definido onde vai o secador e a banheira. O processo de trabalho, como vai fazer, como vai armazenar, isso só o idealizador do projeto que sabe." Os equipamentos para o trabalho quem compra é o dono do veículo, e a instalação completa fica a cargo do serviço de customização.

Sagrado Boulangerie Sagrado Boulangerie

Investimento de menor risco

Serviços homologados e idôneos entregam os veículos aptos para conseguir todas as certificações necessárias. Segundo o Contran (Conselho Nacional de Trânsito), após a customização, o passo necessário para trabalhar com o carro é dar entrada no CSV (Certificado de Segurança Veicular), que autoriza o comércio e o serviço veicular.

"É preciso pensar na parte legal. Nós entregamos com tudo funcionando e pronto para a homologação e licenças de funcionamento", afirma Alcides Braga, dono da Truckvan, que produz e customiza baús de alumínio para unidades comerciais móveis. As que são montadas em caminhões menores, segundo ele, custam entre R$ 100 mil a R$ 200 mil, fora o valor do veículo. Segundo ele, a grande vantagem de estar sobre rodas em relação a um ponto comercial é que o investimento não é perdido.

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