Os blocos não têm mais fronteiras. Pode ser em São Paulo, no Rio de Janeiro ou em Belo Horizonte. Escolha os locais: os centros turísticos de Ipanema, Leblon e Copacabana; as regiões mineiras de Santa Tereza e central ou os bairros paulistanos de Pinheiros, Ipiranga, Centro, Ibirapuera e a avenida 23 de Maio. Em todos eles, os foliões transbordam.
A opção da Avenida 23 de Maio como palco dos megablocos de São Paulo aparentemente mostrou-se acertada. Com pelo menos três estações de metrô nas imediações - Paraíso, Vergueiro e São Joaquim - os foliões puderam usar o transporte público sem encontrar armadilhas como a da estação Faria Lima.
No pré-Carnaval, o fluxo de foliões voltando de blocos na Avenida Faria Lima ficou todo concentrado na estação, paralisando-a. Nas estações que servem a 23 de Maio isso não aconteceu. Apesar do grande movimento de foliões, era possível passar pelas catracas e acessar as diferentes saídas sem grandes problemas. O cenário era parecido do lado de fora: apesar de muita gente cruzando a avenida Domingos de Moraes e rua Vergueiro, não houve problemas com o tráfego, que fluia normalmente enquanto a massa festeira chegava.
No Rio, foliões reclamam da superlotação, da falta de banheiros para todo mundo e da insegurança mas não deixam de frequentar os megablocos da cidade. São os cortejos que recebem, em média, 500 mil pessoas ou mais. O primeiro a desfilar este ano foi o Bloco da Preta, no Centro. Fãs e foliões chegaram cedo à Rua Primeiro de Março, onde o trio da cantora começou seu trajeto. A organização confirmou meio milhão de pessoas, mesmo número de 2017. Apesar do aperto - a rua é estreita, só alargando na Avenida Presidente Antônio Carlos, onde o trio ficou parado por horas -, o público foi ao delírio.
Em Belo Horizonte, a cantora Michelle Andreazzi fez um discurso em defesa da mulher contra o assédio e pelo prazer feminino no sexo. A fala ocorreu durante o desfile do bloco Então Brilha. Um dos maiores da capital mineira, o bloco arrastou 100 mil pessoas desde as primeiras horas da manhã e até o meio-dia deste sábado (10) entre a rua Guaicurus e a praça da Estação, na região central de BH.