Julgamento no TSE
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) analisa quatro ações propostas pelo PSDB que pedem a cassação da chapa Dilma-Temer, reeleita em 2014, por acusação de abuso de poder econômico e político na campanha. Mesmo com o impeachment, é esperado que as ações prossigam, mas só sejam julgadas pelo tribunal em 2017 devido às eleições de outubro deste ano.
Vice não tem voto separado, o voto é para a chapa Silvana Batini, procuradora da República
Os advogados do PMDB pediram ao tribunal a separação das contas de campanha do vice Michel Temer. Se o pedido for concedido, o peemedebista seria julgado separadamente da petista, abrindo caminho para que um deles possa ser considerado culpado e o outro, inocente.
No entanto, esse tipo de medida contraria o histórico de julgamentos da Justiça Eleitoral, segundo afirma a procuradora da República Silvana Batinia, que leciona direito eleitoral na FGV Direito Rio e foi procuradora regional eleitoral do Rio de Janeiro.
Se o TSE reconhecer isso, ele vai abandonar a jurisprudência de pelo menos dez anos, segundo Batinia. "O abuso de poder econômico é uma irregularidade que compromete a legitimidade da eleição", explica a procuradora. "É uma espécie de doping na disputa."