Ángela María Rodríguez, a gerente de sustentabilidade integral da Hupecol, explicou que há muita falta de informação sobre o projeto de petróleo. Para começar, disse ela, a área alugada pela Hupecol fica longe do Caño Cristales.
"Não há qualquer possibilidade de impacto porque fica a 68 quilômetros de distância", contou Rodríguez. Depois, segundo ela, a empresa não tem qualquer interesse em usar o método de fratura hidráulica, como algumas pessoas temiam, apenas a perfuração convencional de petróleo.
Rodríguez descreveu a decisão de revogar a permissão da Hupecol como política, uma oportunidade para as autoridades do governo lustrarem suas credenciais ambientais protegendo uma região turística popular.
Ela confirma que os estudos sísmicos foram promissores e que a Hupecol esperava abrir um poço exploratório. A empresa abriu um processo judicial contra o governo em que cobra US$21 milhões em danos.
Agora, porém, existe uma nova complicação. Um grupo de dissidentes da Farc que não se desarmou com o recente acordo de paz continua ativo na região. "Neste momento, não sabemos se será possível abrir um poço aqui mesmo que as licenças voltem para nós", afirmou Rodríguez citando a instabilidade.
Javier Francisco Parra, coordenador regional da Cormacarena, reconheceu que o aluguel da Hupecol não é tão perto do Caño Cristales, mas disse que seria difícil saber se os poços representariam uma ameaça direta ao rio.
Além disso, a perfuração de petróleo é incompatível com o plano de administração regional da Cormacarena, que foi desenvolvido com a contribuição dos moradores locais.