Depois que Ford entregou a cidade ao governo brasileiro, em 1945, as autoridades transferiram Fordlândia de um órgão público para outro, principalmente para experiências malsucedidas de agricultura tropical. A cidade entrou em um estado de declínio aparentemente perpétuo.
"Nada acontece aqui, e é assim que eu gosto", disse Joaquim Pereira da Silva, 73, um agricultor de Minas Gerais que seguiu sua estrela até Fordlândia em 1997. Hoje ele vive na Palm Avenue em uma antiga casa americana que comprou por R$ 20 mil de um invasor que a havia consertado.
"Os americanos não tinham ideia sobre a borracha, mas sabiam construir coisas duradouras", disse ele.
Alguma coisa na utopia fracassada impressionou estudiosos e artistas em outras partes do mundo. A Fordlândia inspirou um disco de 2008 do compositor islandês Johann Johannson e um romance de 1997 de Eduardo Squiglia sobre um aventureiro argentino que viaja até aqui para recrutar trabalhadores agrícolas.