Obama assumiu durante a pior crise financeira do país desde a Grande Depressão de 1929. E conseguiu promover a recuperação de forma mais forte e rápida do que os europeus, que apostaram em medidas de austeridade enquanto os EUA injetaram dinheiro no setor.
Obama herdou uma taxa de desemprego de 7,8% (chegou a 10% no primeiro ano de seu governo) e entrega o comando do país a Donald Trump com uma taxa de desemprego de 4,7% (em dezembro de 2016), índice mais baixo desde agosto de 2007.
Em dezembro de 2016, o salário por hora no setor privado subiu 2,9% (US$ 26) em relação a dezembro de 2015 (US$ 25,26) --foi o maior aumento em mais de sete anos.
Analisando o PIB (produto interno bruto), o crescimento foi modesto: desde 2010, aumentou cerca de 2,1% ao ano. Durante a era Clinton (1992-2000), foi de 3,8% ao ano, e nos anos de George W. Bush (2002-2007), a média foi de 2,7% ao ano.
Apesar de os números parecerem positivos, é preciso considerar que a taxa de participação na força de trabalho é de 62,7%, a mais baixa desde 1976 (61,8%). Existem muitas explicações para o resultado: demografia, a geração do baby boom envelhecendo e deixando a força de trabalho ou o fato de a população estar desistindo de procurar emprego.
Logo no começo de seu primeiro mandato, Obama assinou a Lei de Investimento e Recuperação Americana, que conteve a quebra econômica, criou milhões de empregos e elevou os investimentos públicos e privados.
Este pacote fiscal de US$ 787 bilhões foi direcionado a medidas e áreas para estimular a atividade econômica. O resultado até hoje é debatido entre economistas: uns dizem que teve efeitos positivos substanciais em curto e longo prazo em todos os setores. Outros o criticam, firmando que foi um fracasso, já que a economia teve um fraco desempenho nos primeiros meses do governo.