Rex Tillerson, amigo do Kremlin
O homem escolhido para chefiar a diplomacia americana tem fortes laços com o Kremlin. Amigo do presidente russo, Vladimir Putin, ja recebeu até a Ordem da Amizade, uma distinção concedida por Moscou a poucos americanos.
Assim como Trump, não tem nenhuma experiência em cargos públicos ou diplomáticos –levando em conta os nomes que assumiram a pasta nos últimos anos, é algo inédito. Engenheiro de formação, passou a vida toda profissional a serviço da Exxon Mobil. Começou como engenheiro de produção em 1975 e hoje é chefe executivo e presidente do Conselho de Administração da petrolífera.
Para assumir o cargo de secretário de Estado, ele abriu mão de US$ 2 milhões que receberia por suas ações da Exxon Mobil nos próximos 10 anos –ele possui aproximadamente US$ 180 milhões em ações. Esse valor será transferido para um fundo de administração independente. Ele também terá de abrir mão de mais de US$ 4,1 milhões em bônus em dinheiro que seriam pagos nos próximos três anos, além de outros benefícios.
Tillerson foi o responsável pelo acordo da Exxon para explorar as reservas de petróleo no Ártico russo em conjunto com a estatal russa Rosneft. Entretanto, a companhia americana foi forçada a se retirar da empreitada depois que o governo do presidente Barack Obama decretou sanções contra Moscou por conta da anexação da península ucraniana da Crimeia, em 2014.
O executivo deve passar pela sabatina do Senado, que tem a missão de definir se manterá a linha dura contra a Rússia –medida sólida da política americana nas últimas décadas, durante e após a Guerra Fria- ou se reprova a escolha do presidente eleito.